FINDECT cobra negociação de medidas para evitar contagio e perda de vidas!
Notícia publicada dia 15/04/2020 10:42
Já são quase 50 dias desde que o primeiro caso de coronavírus foi confirmado no Brasil. E só agora a ECT reconheceu a necessidade do uso de máscaras para os ecetistas atenderem o público, sair nas ruas e conviver nas unidades. Anunciou a compra, mas só vai começar a distribuição depois do dia 20, e aos poucos.
Com o avanço da pandemia, a evidência de que o pico de contágio ainda está distante e que nos meses de maio e junho pode haver colapso dos sistemas de saúde público e privado, a direção da ECT tem que atender a FINDECT e os Sindicatos e negociar a situação dos trabalhadores e das unidades.
Há inúmeras situações a ser discutidas e negociadas, em nome da segurança, da saúde e da vida, do combate à pandemia e das dúvidas quanto ao futuro.
A realização urgente de uma negociação, presencial ou não, foi cobrada pela Federação para discutir a formação de um comitê para gerenciar a crise e definir as ações a serem adotadas para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores, de seus familiares e da população. Não houve encaminhamento e a Federação e os Sindicatos exigem uma resposta!
Pandemia avança
No dia 14 de abril, pela 1ª vez, Brasil teve mais de 200 mortes em 24 horas, com o total atingindo 1.532. São Paulo teve 87 mortes no mesmo dia e o governo projeta 100 mil infectados no estado. E todos sabem que os números são muito maiores, devido à subnotificação.
A quantidade de vítimas do novo coronavírus nos primeiros meses do ano já ultrapassa o total de mortos em todo o ano de 2019 por influenza (1.149), de 2018 (1.348) e de 2017 (514). Os dados são do InfoGripe, da Fiocruz. E as estimativas mais otimistas do Ministério da Saúde projetam que a covid-19 estará sob controle apenas em agosto.
Não há espaço para irresponsabilidades. A situação é grave e exige medidas já. Negligência e adiamento podem levar á perda de milhares de vidas, inclusive entre os ecetistas. E a OMS alerta que o mundo não atingiu ainda o pico da pandemia do coronavírus, muito menos o Brasil.
Se a situação continuar na mesma nos Correios, o número de infectados e de vidas perdidas será grande. Não podemos nos calar! A empresa tem que abrir discussão e negociação já!