ECT quer impor negociação em meio a pandemia e já inicia com terrorismo e ameaças!
Notícia publicada dia 11/07/2020 13:44
O primeira hora de 10/07 é uma peça de fake News, como é típico desse governo e de seus prepostos nas estatais. Foi montado para enganar e amedrontar a categoria e justificar ainda mais retiradas de direitos e redução de renda, tudo em nome do lucro e para preparar a empresa para a privatização. Mas vai ter resistência!
ECT quer acabar com o Acordo Coletivo
A direção da empresa já avisa que vai querer tirar mais benefícios e diretos da categoria. E quer tirar tudo, o que fica evidente quando afirma que no final do atual acordo “encerra-se a obrigação do empregador de conceder aquilo que não está previsto em lei.”
Se atreve a dizer que a situação atual da empresa é culpa dos trabalhadores e dos seus direitos e que “é preferível deixar de contar com alguns benefícios hoje em prol da sustentabilidade da empresa a longo prazo do que insistir em mantê-los”.
Ela quer implantar a semiescravidão. E ainda pede a compreensão e a serenidade ao trabalhador frente ao assalto, ao chicote e ao açoite.
Morte ao ecetista!
Ao dizer que sua prioridade é ”garantir a saúde e a segurança de empregados, clientes e fornecedores”, a direção da empresa nega as evidências e trata o ecetista como idiota.
Todos estão vivendo a política mortal da ECT, com a loucura de trabalhar em meio a pandemia em setores sem a estrutura adequada, sem a higiene e os equipamentos de segurança necessários, largados à própria sorte.
Investir em higiene e segurança para evitar a contaminação é obrigação. É um absurdo dizer que isso aumentou despesas e querer jogar a conta nas costas do trabalhador.
O governo que a direção da ECT representa se nega a assumir seu papel de estado para manter a economia ativa, socorrendo a população e as empresas necessitadas com os recursos do tesouro, que estão lá e são da população que paga impostos, não do governo, que quer dar todo o dinheiro para os bancos e grandes empresas!
Essa direção faz o mesmo, negando que os Correios existem pra servir à população e não para dar lucro, e que serviço postal é essencial e fundamental a toda sociedade.
Morte aos Correios
Essa direção quer destruir os Correios. Por isso não atua para dominar o serviço concorrencial, de entrega. Enfraquece o alcance da empresa de propósito, já entregando o setor postal para as privadas.
Não tem plano de investimento e de ampliação da entrega de encomendas, do atendimento ao comércio eletrônico. Se fizesse isso teria, além da sua já estruturada rede de atendimento em todo o país, que nenhuma outra empresa tem nem vai construir, preços e qualidade imbatíveis, liderança e lucratividade consolidadas. Mas não é isso que querem ela e o governo.
Negociação NÃO, imposição!
É disso que trata o primeira hora. Com essa direção não tem consenso. Ela não ouve, não olha, não dialoga e não negocia. Só impõe.
O General Floriano Peixoto jamais recebeu as Federações e os Sindicatos para conversar, quem dirá para negociar. Só manda prepostos sem poder de decisão, para enrolar as lideranças. Não olha no olho do trabalhador. Se coloca num patamar superior, mítico, e trata todos como…. escolha você o termo!
Por que agora seria diferente? Em meio à pandemia, esperava-se o mínimo de sensibilidade. Por isso a FINDECT solicitou o cumprimento da cláusula de validade do atual Acordo por 2 anos, como está na decisão do TST que a empresa pediu ao STF para derrubar. Por isso entrou com Pedido de Mediação no TST para adiar a negociação para quando encerrar o estado de emergência, uma vez que agora as condições atuais para o trabalhador lutar e se defender são precárias.
Mas a direção da ECT quer aproveitar a dificuldade para impor ainda mais retrocessos. Negociação em plena pandemia com todas restrições impostas pelas autoridades de saúde é um crime. O Sindicato está impedido de realizar reuniões setoriais, mobilizar e realizar assembleias presenciais, e o governo Bolsonaro usa dessa fragilidade pra impor seu projeto de retrocesso.
A direção da ECT considera os efeitos da pandemia só para seus interesses. Esquece o trabalhador, como se ele não fosse a parte essencial da empresa, sem a qual ela não existiria. A direção, com seus salários absurdamente altos, vai atender nas agências, triar nos centros de distribuição, entregar nas ruas?
Só fake News
Os dirigentes da empresa insistem na conversa batida de dificuldades que, se existirem, não são naturais nem inevitáveis, são impostas por decisões políticas aplicadas pelos por eles próprios.
As finanças dos Correios não sofrem com má gestão, como diz o primeira hora, mas sim com o direcionamento político para o sucateamento aplicado por sucessivas direções e ampliado pela atual.
Desmontando com fatos algumas fakes news do primeira hora (são muitas)
●Ao dizer que a ECT tem um déficit de R$ 2,4 bilhões, se “esquece” que o governo rapou 6,5 bilhões dos cofres da empresa, que têm de ser devolvidos;
●Esse déficit é uma falácia comprovado pelo TCU em relatório, que além da retirada de recursos do caixa aponta a manobra da mudança na maneira de realizar a contabilidade da empresa, que de um dia para o outro transformou lucro em prejuízo (VEJA AQUI A SÉRIE QUE ANALISA O RELATÓRIO DO TCU);
●Hoje a Empresa tem 30 mil trabalhadores a menos que há 10 anos atrás e paga menos salários;
●Com a mudança no plano de saúde imposta pelo STF após a direção da ECT não aceitar o julgamento do TST, 34 mil Trabalhadores deixaram o plano, o que resultou numa redução enorme de custos para a empresa, e no aumento dos gastos dos trabalhadores com saúde, ou seja, em redução de renda;
●Os trabalhadores que estão em trabalho remoto tiveram seus adicionais suprimidos e estão recebendo pouco mais de 500 reais por mês em alguns casos, em plena pandemia;
●Os EPI’s chegaram aos trabalhadores de forma insuficiente e atrasados, e testes são realizados em poucos trabalhadores apenas quando a justiça determina a obrigatoriedade na realização dos testes;
●A empresa bateu recorde de faturamento e lucros nos últimos 3 anos, e com a crise sanitária houve um aumento de mais de 30% nas postagens;
●Uma empresa que está em crise deveria reduzir os cargos de direção exagerados os altos salários, como recomenda o TCU; mas essa direção faz o contrário, pagando salários absurdos de quase 50 mil reais para sua diretoria e presidência.
A conclusão é que, com ou sem pandemia, os trabalhadores irão resistir!
Por: FINDECT