Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro

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Sem prioridade na vacinação, categoria ecetista vive pior momento na pandemia de Covid-19

Notícia publicada dia 10/03/2021 09:19

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Na semana mais letal da pandemia no país, Bolsonaro e Floriano Peixoto se calam sobre as vítimas e tentam acelerar as privatizações de forma sarcástica rindo dos trabalhadores e da população brasileira.

Março começou com o aumento explosivo de casos de Covid dentre a categoria ecetista, o negacionismo do governo Bolsonaro em dificultar a chegada de vacinas e na insistência em medicamentos e sprays milagrosos sem qualquer eficácia comprovada, está fazendo o país sentir o vento que antecede um novo tsunami, a terceira onda de casos e mortes, alertam cientistas.

O número de casos diários de Covid-19 na categoria ecetista e em todo país é agora cerca de 30% maior do que nos piores momentos da primeira onda, em julho de 2020. Isso sem contar o grande número de mortos que têm preocupado os trabalhadores e seus familiares.

Em meio ao agravamento dos casos e mortes, com UTIs completamente lotadas, a direção militar dos Correios e Governo Bolsonaro demonstra todo seu menosprezo pela vida dos essenciais trabalhadores, quando se omite de adotar medidas que garantam a segurança, a saúde e a vida dos ecetistas.

Considerados trabalhadores essenciais, os ecetistas continuam trabalhando no pior momento da pandemia sem os equipamentos e a atenção necessária, aglomerados em condições inadequadas e em contato diário com a população.

Tentando justificar seu total despreparo e incompetência para comandar o país, Bolsonaro soltou mais uma pérola: “Vocês não ficaram em casa. Não se acovardaram. Temos que enfrentar os nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?”, disse durante um evento de que participou – sem máscara de proteção e provocando aglomerações – na última quinta-feira (4), em São Simão, sudoeste de Goiás.

Em meio ao abandono total do presidente Bolsonaro em não saber como lidar com os problemas da Pandemia e com a falta de vacinas, o país registrou recorde nas últimas 24 horas, com 1954 vidas perdidas para a Covid-19.

Vale destacar que nem os equipamentos de proteção e a atenção necessária da direção da empresa os trabalhadores receberam. Pelo contrário, essas condições só foram garantidas a partir da ação política e jurídica dos Sindicatos contra a negligência de uma gestão negacionista e irresponsável com a vida, direcionada a implantar a máxima exploração que dá base ao máximo lucro.

Essenciais trabalhadores dos Correios cobram prioridade no plano de vacinação

A direção da FINDECT e do Sindicatos enviaram ofícios ao Ministério da Saúde e aos Governos estaduais reivindicando prioridade na vacinação contra a COVID-19 para os trabalhadores dos Correios. Há vários motivos que justificam essa defesa, todos ligados ao fato dos ecetistas não terem tido direito a isolamento e quarentena.

A falta de empatia de Bolsonaro, ao chamar de “frescura”, o isolamento social que pode proteger a vida de milhares de trabalhadores, e de “mimimi”, a dor das pessoas que perderam seus entes queridos por uma doença trágica e cruel e não puderam se despedir dignamente, é completamente inaceitável! Infelizmente, a frieza, a arrogância e a burrice do presidente vão contribuir para que ainda mais pessoas percam a vida para a Covid-19.

Infelizmente, já entramos para a história como o pior país a se estar durante a pandemia de COVID-19. Os trabalhadores dos Correios e o povo brasileiro não mereciam isso. Mas a história será implacável e os responsáveis por essa catástrofe, mais cedo ou mais tarde, vão acertar suas contas com ela. 2022 está chegando e os trabalhadores ecetistas e a população brasileira dará a resposta!

O protagonismo de Bolsonaro é apenas no genocídio do povo brasileiro! Fora!

Por: FINDECT

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