Protestos crescem, governo começa a balançar e luta contra a privatização avança
Notícia publicada dia 04/07/2021 00:40
Dirigentes sindicais e trabalhadores da categoria foram as ruas mais uma vez no 3 de julho para denunciar a as falcatruas do governo na pandemia, exigir vacinação para todos e defender os Correios contra a privatização!
Os protestos contra o presidente Jair Bolsonaro cresceram no dia 3 de julho, especialmente no Rio de Janeiro e São Paulo, as maiores cidades do país. Dessa vez até setores de direita que estavam na base de apoio do governo foram às ruas e se juntaram às centrais sindicais e sindicatos, entidades estudantis, Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, movimentos populares e partidos de esquerda que convocaram a manifestação.
A faixas e chamados pedindo a saída do atual presidente e impeachment também cresceram. O motivo é o mesmo que levou os organizadores a antecipar o protesto que estava marcado para o final do mês. Está nas acusações de crime de prevaricação no caso da compra da vacina Covaxin que foram denunciadas e estão nora dar da CPI e da justiça, com autorização de investigação pelo STF.
O 3J foi o primeiro ato após a entrega do superpedido de impeachment protocolado na Câmara dos Deputados pelas Centrais Sindicais, organizações sociais e parlamentares de vários partidos. O documento faz um compêndio das acusações contra o presidente contidas nos mais de 100 peidos já apresentados, que estão na gaveta do presidente da Câmara, Arhur Lira.
Com mais esse ato e a indicação de crescimento dos protestos, as denúncias de corrupção na compra de vacinas e o avanço da CPI, o governo balançou. Isso ficou mais uma vez evidente no nervosismo e nas grosserias do presidente que, quando se sente acuado, atira para todo lado. Derrubá-lo e criar condições para o país melhorar já é uma luz no horizonte!
Ecetistas nas ruas
O companheiro Marcos Sant’aguida, presidente do SINTECT-RJ, e demais diretores do Sindicato participaram do ato que teve início no Monumento à Zumbi, no Centro. Com seus familiares, dirigentes sindicais e trabalhadores de base, percorreu a avenida em direção à Igreja da Candelária dialogando e denunciando mais um crime desse governo, que é o sucateamento dos Correios e a ameaça de privatização.
“As manifestações de hoje mostram claramente que a população brasileira não aguenta mais um governo genocida no poder. O SINTECT-RJ e os trabalhadores ecetistas estão na luta para impedir a aprovação dos projetos 7488 e 591 que podem provocar um apagão postal no país e denunciar esse governo que defendeu cloroquina, foi contra o isolamento social e não comprou vacina das empresas para superfaturar a indiana com atravessador e descambar para a corrupção. O sucesso das mobilizações e a capacidade da população e dos trabalhadores de irem às ruas tem sido fundamental para fazer pressão pelo impeachment já”, afirmou Marcos Santaguida.
Não à reforma administrativa
A luta contra a reforma administrativa também esteve nas ruas no 3J. Ela é bandeira do governo, que apresentou a proposta de Emenda Constitucional, PEC 32, de reforma administrativa, que já aprovada na CCJ e tramita em Comissão Especial da Câmara.
É mais um lance da sua política neoliberal privatista do governo, capitaneada pelo ministro Paulo Guedes. Almeja a destruição dos serviços públicos e estatais para entregar tudo nas mãos de empresas privadas, para extraírem lucros. Isso significa transferir dinheiro público direto para empresas, por um lado, e por outro diminuir os serviços e o acesso a eles, aumento de custos e penúria para a população.