Sigilo impede que diretoria do SINTECT-RJ acompanhe mediação
Notícia publicada dia 08/11/2022 17:59
O presidente do SINTECT-RJ, Marcos Sant’Aguida, juntamente com o secretário de juventude do Sindicato, João Batista (JB), e o diretor Paulo Lopes, foram impedidos de participar da reunião de conciliação e arbitragem da Câmara de Comércio Brasil Canadá entre o Postalis e o banco BNY Mellon. O sigilo foi o argumento utilizado pelo secretário da entidade para impedir a participação dos dirigentes. A reunião trata sobre os mais de R$ 240 milhões de rombo deixados no fundo de pensão e que são responsabilidade do banco.
O presidente, Marcos Sant’Aguida, reafirmou o caráter público da atividade e a importância da participação de representantes dos trabalhadores por se tratar de recursos públicos de interesse dos participantes do Postalis. “Fomos impedidos de participar da reunião. Nosso objetivo era ter informações sobre como está sendo tratado o dinheiro dos trabalhadores que foram prejudicados pela má versação do dinheiro público. O que garante nossa participação é a legislação, no parágrafo 3 , artigo 1 da lei 9047/1996, garante que havendo recursos públicos e empresas públicas, as reuniões de conciliação também têm que ser públicas,” destaca o presidente.
Marcos destaca que o argumento do sigilo não cabe nesse tipo de conciliação, mas que de qualquer forma foi garantido uma vez que não houve qualquer tipo de participação da delegação do Sindicato que veio até o local da reunião, no tradicional Hotel Hilton, na Zona Sul do Rio de Janeiro. “Não houve quebra da confidencialidade, mas os trabalhadores que são os que mais foram prejudicados por essas empresas têm o direito de saber o que vai acontecer com o dinheiro que eles aplicaram no Postalis. É justo que tenham informações condizentes com a gravidade que representam ao menos R$ 240 milhões do Fundo de Pensão que é deles e de mais ninguém,” finaliza o presidente.