A situação é urgente no CDD São Pedro da Aldeia
Notícia publicada dia 04/07/2023 21:33
“Nós esperamos sinceramente que a gestão dos Correios no Rio de Janeiro e o proprietário do imóvel cheguem a um acordo,” disparou Marcos Sant’Aguida, presidente do SINTECT-RJ, diante das imagens enviada pelos trabalhadores do caos na unidade.
Para Marcos, os trabalhadores estão muito conscientes do seu papel, a luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho é importante, no entanto a situação do CDD é caótica e sempre tem que contar com a boa vontade dos trabalhadores para superar a situação vergonhosa que se encontra a unidade. “Não existe greve pela greve, a luta por melhores condições de trabalho é parte integrante da luta dos trabalhadores e é papel do Sindicato ajudar os trabalhadores a conquistarem esse direito. Um lugar digno para trabalhar não pode ser um problema para empresa do tamanho dos Correios,” sustenta Marcos.
Os trabalhadores voltam a se reunir em assembleia na manhã desta quarta -feira e esperam que a reunião que os gestores tiveram com o proprietário do imóvel tenha resultados positivos. Enquanto isso, a unidade continua sem operação. A primeira grande paralisação da unidade exigindo a mudança da unidade teve depoimentos emocionado dos trabalhadores relatando as condições de trabalho.
Um dos trabalhadores da unidade destacou que faz a separação dos objetos no chão. Segundo ele, eventualmente fazer o trabalho dessa forma por conta de um incidente ou para adiantar o serviço é uma coisa. No entanto, o trabalhador conta que separar a carga no chão é um cotidiano, todos se submetem a esse desconforto uma vez, que somada a sobrecarga de objetos postais na unidade, a grande maioria sofre com dores e já começam a ter doenças laborais. Para piorar a carga é separada fora da unidade, porque se entrar a carga não cabem os trabalhadores, por isso são obrigados a fazer isso no chão do lado de fora da unidade debaixo do forte sol da região dos lagos do Rio de Janeiro.
Para outro trabalhador, a maior humilhação é ter que limpar a unidade cheia de fezes humanas e de animais. Segundo o trabalhador, não existe uma operação da gestão da empresa para limpar a unidade quando ela fica alagada, são os trabalhadores da unidade que são convocados a arregaçar as mangas e retirar as fezes de animais que vem do imóvel ao lado que é um pasto de cavalos e bem ao lado da unidade tem um valão de esgoto a céu aberto. “Nós perdemos nossos objetos pessoais que ficam guardados nos armários, e ainda temos que limpar toda a unidade coberta de lama, fezes e ainda ver o enorme prejuízo da empresa com os objetos postais destruídos pela inundação”, protesta.