Despejado, CDD Realengo entra em estado de greve
Notícia publicada dia 01/11/2023 13:53
Em reunião setorial realizada na manhã de ontem, 31/10, os trabalhadores do CDD Realengo decidiram entrar em estado de greve em função de uma decisão judicial que despejou a unidade do imóvel. Agora, sem ter para onde ir, os trabalhadores exigem que a mudança seja feita para outro imóvel na região, e caso isso não seja possível, os trabalhadores da unidade permaneçam juntos. A reunião foi acompanhada pelo presidente do SINTECT-RJ, Marcos Sant’Aguida, e pelas diretoras do Sindicato, Débora Fernandes e Alessandra Peçanha (Cubana), e pelos diretores Fagner Lopes e Sebastião Brazil.
Marcos Sant’Aguida explica que a situação dos trabalhadores tem sido um cotidiano nos Correios do Rio de Janeiro, em que os imóveis são alugados e que o proprietário tem o direito de requerer imóvel e isso tem acontecido com outras unidades, como foi o caso do CDD Praça do Gado. “A empresa aqui tem um prazo para encontrar outro imovel para fazer a realocação da unidade. O Sindicato está junto e vai acompanhar a situação. Nós temos dialogado com a gestão a situação das condições de trabalho nas unidades Rio de Janeiro que estão caóticas. São várias unidades que precisam de realocação imediatamente,” estacou o presidente.
Marcos destaca que a situação das condições de trabalho no Rio de Janeiro precisa ser enfrentada de uma forma estratégica com um plano e um cronograma factível com a situação de estado com as piores unidades do País e que precisa de orçamento extra da gestão nacional para solucionar o problema. “São unidades caindo aos pedaços, outras que precisam de climatização urgente e outras de reformas estruturantes ou que precisam de um novo imóvel novo. No entanto, não se faz isso sem recurso, ou sem uma operação especial que garanta que a situação das condições de trabalho no Rio de Janeiro vai mudar. Precisa que o presidente, Fabiano Silva, tome providências factíveis, com o caos que enfrentamos aqui,” destaca o presidente.
“Essa é uma situação que os trabalhadores precisam se manter unidos para que a situação não piore ainda mais,” é o que destacou o secretário de assuntos jurídicos do SINTECT-RJ, Fagner Lopes. O dirigente explica que a unidade fica num ponto muito estratégico e possui uma quantidade grande de trabalhadores que dificilmente seria absorvida por outra unidade. “Se a gestão da empresa não conseguir outro imóvel e tentar separar os trabalhadores em várias unidades será muito prejudicial para todos do CDD Realengo. As outras unidades são muito distantes do local de entrega, tendo que pegar duas ou até três conduções para chegar nas regiões para fazer o serviço. Vamos pressionar para garantir um novo imóvel e a permanência de todos que estão na unidade juntos,” destacou o diretor.
Débora Henrique completou destacando o desconforto de todos com a falta de informações mais precisas dos gestores na reunião com os trabalhadores no dia anterior. “A gestão precisa absorver a contribuição dos trabalhadores. Nós estamos nas ruas e sabemos todos os imóveis que estão disponíveis para locação na região. Os carteiros aqui já tem vários endereços de possíveis imóveis que certamente comportam a unidade. Sabemos que os prazos estão apertados e a locação seria em tempo recorde e nós carteiros estamos dispostos a ajudar,” finalizou a diretora.