SINTECT-RJ solicita prioridade para os ecetistas na vacinação contra Febre Amarela
Notícia publicada dia 23/01/2018 12:57
Com o objetivo de zelar pela saúde dos trabalhadores que estão diariamente expostos, o SINTECT-RJ solicitou à ECT que execute providências imediatas para imunizar a categoria contra a Febre Amarela. Desde julho do ano passado, o Ministério da Saúde contabiliza um total de 20 mortes no país em consequência da doença. Só no Rio de Janeiro, sete mortes foram confirmadas pelo vírus, segundo a subsecretaria de Vigilância em Saúde da secretaria estadual do Estado.
Para Ronaldo Martins, presidente do sindicato, a categoria está extremamente vulnerável e precisa ter prioridade da vacinação. “Os ecetistas ficam muito expostos a diversos ambientes e locais de alto risco, por conta das entregas, no exercício da função. A empresa precisa criar uma estratégia de resguardar a saúde do trabalhador. Os postos de saúde estão lotados e não podemos ficar desprotegidos. É uma questão de saúde pública”, explicou.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na última segunda-feira (22), um comunicado afirmando que, a população não vacinada contra a doença representa um “alto risco” de mudança no patamar de transmissão. O comunicado afirma ainda que, é preciso avançar na vacinação para poder controlar a transmissão, principalmente em áreas com ecossistemas favoráveis. Segundo o documento “é especialmente preocupante quando as mortes acontecem perto de grandes cidades”.
O SINTECT-RJ aguarda a resposta da direção dos Correios, contando com o bom senso e responsabilidade diante a uma situação difícil para a saúde pública do país.
Sintomas da doença:
A febre amarela é uma doença viral que causa dores no corpo, mal-estar, náuseas, vômitos e, principalmente, febre. Os sintomas duram em média três dias. Em alguns pacientes, o vírus da febre amarela ataca o fígado. São as complicações hepáticas que levam as pessoas infectadas a ficar com uma cor amarelada, daí o nome febre amarela. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que em torno de 30% das pessoas que contraem a doença podem morrer, se não forem diagnosticadas precocemente. Por isso, a recomendação é a de que o paciente deve buscar imediatamente atendimento adequado nas unidades de saúde.
Transmissão
A febre amarela não é transmitida de pessoa para pessoa, nem de macaco para seres humanos. Os macacos são os principais hospedeiros do vírus, mas os únicos vetores de transmissão da doença são os mosquitos silvestres Haemagogus e o Sabethes. No meio silvestre, os mosquitos picam o macaco, que depois de infectado pelo vírus pode ser picado por outro vetor e este, por sua vez, transmite para o homem.
No caso da área urbana, a transmissão ocorre pela picada do mosquito Aedes aegypti. O Ministério da Saúde ressalta, no entanto, que a possibilidade de contágio no meio urbano é remota e informa que não há registro de infecção da doença pelo ciclo urbano desde 1942. Com a construção de conjuntos residenciais e condomínios em áreas ecológicas, ambiente onde vivem os mosquitos que transmitem a doença, o risco de transmissão aumenta.