Informe da Conselheira Fiscal: Além do seu exercício fiscalizatório
Notícia publicada dia 11/12/2018 11:43
Como membro do Conselho Fiscal do nosso plano de saúde, defendo que na missão de conselheira fiscal eleita pela categoria, o papel do Conselheiro deve ir além do seu exercício fiscalizatório.
Devemos, pois, dia após dia, buscar entender e solucionar as principais demandas e dificuldades apresentadas pelo plano. Tendo sempre como missão, o fortalecimento da categoria e a melhoria do nosso plano de saúde. Porém não podemos nos furtar dos inúmeros casos de dificuldades enfrentados pelos trabalhadores e trabalhadoras cotidianamente no atendimento da rede credenciada.
Durante o exercício de 2018, tivemos que atuar de forma mais enérgica, com um posicionamento mais atuante e firme, sendo assim chegamos ao 4° trimestre do ano, e passados 7 meses dado início a cobrança de mensalidades conforme novo custeio do plano imposto pelo TST. Precisamos estar atentos aos novos cenários, especialmente sobre a tão esperada recuperação financeira dos Correios.
Apesar que no final de outubro, os Correios segundo seu balanço financeiro, apresentou uma melhora em seu quadro financeiro comparado aos anos anteriores, cerca de R$ 40 milhões de acumulado positivo, entretanto, ainda existe um déficit nos repasses recebidos pela Postal Saúde, e que vêm afetando diretamente a rede credenciada, assim como as despesas assistenciais e administrativas.
Houve uma ligeira evolução das despesas assistenciais – em torno de 0,3% -comparado com o ano anterior, cerca de R$ 143 milhões mensais. Enquanto isso, as despesas administrativas, um dos destaques da Diretoria Executiva, vem caindo desde 2016, e hoje atingiu o patamar médio de R$ 12,6 milhões mensais. Isto é, uma redução significativa de 3,9% em relação a 2017.
Ainda que a Postal Saúde se esforce para atingir as metas estabelecidas para alcançar o patamar de excelência no atendimento aos beneficiários, os Correios não estão cumprindo com a sua parte, está repassando menos do que o devido, e carência nos repasses têm ocasionado grandes transtornos aos trabalhadores e seus dependentes, pois grande parte dos credenciados suspendem o atendimento quando a Postal Saúde não efetua o pagamento na data devida.
O fato do trabalhador ou seu dependente ir ao médico e não ser atendido por falta de pagamento é extremamente constrangedor, afetando diretamente à saúde física e mental dos beneficiários, haja vista que depois da cobrança imposta de mensalidade, a rede credenciada piorou bastante, e o número de reclamações junto a ANS subiu consideravelmente.
A realidade é que os trabalhadores e aposentados dos Correios não estão mais aguentando pagar essa mensalidade tendo como base de cálculo sua remuneração bruta, e mais a coparticipação altíssima de 30%, sendo que no mercado de planos de saúde e em outras empresas, a base de cálculo é no salário base.
Os ecetistas do Rio de Janeiro e todo país estão sendo covardemente onerados e pagando alto por um serviço sem qualidade, pois é nítido que rede credenciada está em sua grande parte suspensa por falta de pagamento, em algumas regiões não há nem hospitais ou clínicas de emergência credenciado ao plano, deixando os beneficiários a mercê da sorte.
Exigimos um plano de saúde com qualidade!
Débora Henrique – Diretora do SINTECT/RJ e Conselheira Fiscal da Postal Saúde.