Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro

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Marcos Sant’aguida se reúne com o novo presidente dos Correios e cobra soluções para a empresa e os trabalhadores

Notícia publicada dia 15/10/2025 17:11

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A reunião com o presidente Marcos Sant’aguida e demais representantes da FINDECT debateu o futuro dos Correios, o plano de saúde, as condições de trabalho e os desafios enfrentados pelos trabalhadores no Rio de Janeiro.

Na terça-feira, 14 de outubro, o SINTECT-RJ e a FINDECT se reuniram em Brasília com o novo presidente dos Correios, Emmanoel Schmidt Rondon, para discutir medidas urgentes que garantam o fortalecimento e a sustentabilidade da empresa pública. O encontro abordou temas estratégicos, como o plano de saúde dos trabalhadores, a campanha salarial 2025/2026, a reestruturação da empresa, o marketplace Mais Correios e as condições precárias de trabalho nas unidades.
Participaram da reunião: Marcos Sant’aguida, presidente do SINTECT-RJ e diretor jurídico da FINDECT; Elias Diviza, vice-presidente da FINDECT; Telma Milhomem, secretária de Mulheres da FINDECT; Wilson Araújo, diretor da FINDECT e presidente do SINTECT-MA; e José Antônio, presidente do SINTECT-Santos.
Durante o encontro, Marcos Sant’aguida apresentou um panorama preocupante das condições de trabalho no estado do Rio de Janeiro, destacando o sucateamento das unidades, a falta de efetivo e a sobrecarga dos trabalhadores. Ele alertou ainda para o risco da tentativa de fechamento do CEINT, uma unidade estratégica e lucrativa para os Correios, responsável por parte significativa da receita da empresa.
“O Rio de Janeiro vive uma situação alarmante. As unidades estão com diversos problemas, faltam condições adequadas e há um grande desgaste físico e emocional dos trabalhadores. Fechar o CEINT seria um erro grave. A ECT precisa de investimento e valorização, não de cortes”, afirmou Sant’aguida.
O dirigente também lembrou que o SINTECT-RJ realizou recentemente uma greve de 24 horas contra o fechamento do CEINT, reforçando que, diante da grave crise financeira da empresa, é essencial capitalizar recursos e fortalecer áreas estratégicas, e não encerrar unidades que geram receita e desempenham papel central na logística nacional.
“Em um momento de dificuldade financeira, a direção precisa olhar para onde estão as oportunidades de fortalecimento da empresa. Fechar o CEINT é caminhar na direção oposta. Os Correios precisam ser tratados como uma empresa pública essencial e estratégica para o país”, reforçou Sant’aguida.
O presidente do SINTECT-RJ também apresentou propostas de modernização da empresa e fez críticas à gestão do marketplace ‘Mais Correios’, atualmente administrado pela InfraCommerce, destacando que a plataforma não avançou e permanece estagnada. Ele ressaltou ainda que a empresa não possui um aplicativo próprio capaz de impulsionar as vendas e aumentar a competitividade no mercado digital.
Além disso, Sant’aguida lembrou que o SINTECT-RJ ingressou, no início de 2024, com uma representação no Ministério Público Federal, solicitando investigação sobre a situação financeira da ECT, cujo déficit na época era de R$ 800 milhões e hoje se encontra ainda mais elevado.
“O SINTECT-RJ tem sido firme e responsável. Temos cobrado transparência, apuração das irregularidades e defendido soluções concretas para recuperar a empresa. Os Correios precisam de uma gestão comprometida com o serviço público e com os trabalhadores”, destacou Sant’aguida.
O novo presidente dos Correios, Emmanoel Schmidt Rondon, afirmou que está analisando as contas da empresa e buscando, junto ao governo federal, um aporte financeiro que garanta a sustentabilidade da estatal. Ele também informou que pretende ouvir os trabalhadores, visitar unidades em todo o país e apresentar, em breve, um plano de reestruturação voltado à modernização e ao fortalecimento da empresa como patrimônio público essencial.
Para o SINTECT-RJ, a reunião representou um passo importante para reabrir o diálogo com a direção dos Correios, mas as palavras precisam se transformar em ações concretas.
“Seguiremos vigilantes e mobilizados. Queremos uma empresa pública forte, sustentável e que respeite os trabalhadores. Só assim os Correios poderão continuar cumprindo sua função social e servindo bem à população brasileira”, concluiu Marcos Sant’aguida.

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