Trabalhadores do CDD Rocha Miranda sofrem com caixa d’água suja há um ano e más condições de trabalho
Notícia publicada dia 17/09/2025 14:51
Como se não bastassem as más condições de trabalho, os trabalhadores do CDD Rocha Miranda convivem há um ano com a falta de limpeza da caixa d’água. O resultado não poderia ser outro: vários funcionários já passaram mal, com disenteria, vômitos e doença de pele. Por conta disso, os trabalhadores, que estão em greve desde a última sexta-feira (12), aprovaram, por unanimidade, a continuidade da greve até a próxima segunda-feira ou até que a empresa cumpra com as exigências dos funcionários.
“Estamos aqui no CDD Rocha Miranda, que se encontra paralisado por conta de condições de trabalho, vários descumprimentos de Normas Regulamentadoras (NR), acordo coletivo, humilhação do trabalhador, desrespeito por conta da empresa e não cumprimento das reivindicações dos trabalhadores. E não são reivindicações de dez dias. Há mais de um mano que não se limpa a caixa d’água. Por causa disso já teve trabalhador que passou mal, com vômito, diarreia e até doença de pele. Um trabalhador infartou por má condição de trabalho. E a empresa teima em não atender as reivindicações dos funcionários”, criticou Ricardo Poeta, diretor do Sintect-RJ.
Todas as empresas estão sujeitas ao cumprimento de normas, com vistas a preservar a saúde e segurança de seus empregados, especialmente o previsto nas Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho e Emprego.
Acidentes e doenças ocupacionais causados pela não conformidade com as normas podem levar a ações judiciais, com a empresa sendo obrigada a pagar indenizações por danos materiais e morais aos trabalhadores.
Ricardo Poeta ressaltou ainda a falta de estrutura da unidade.
“Queremos denunciar que tem trabalhador que está trabalhando lá dentro sem água na unidade. Vamos denunciar isso ao Ministério Público do Trabalho. Isso é uma falta de respeito aos trabalhadores porque lá dentro tem gerente, supervisor de outras unidades que estão trabalhando sem condições de trabalho. É uma humilhação para o trabalhador se sujeitar a isso”, lamentou.
 
			 
				