SINTECT-RJ sedia debate sobre segurança pública e defesa da vida com participação de Jandira Feghali
Notícia publicada dia 08/11/2025 12:31
Promovido pelo PCdoB-RJ, o encontro reuniu lideranças políticas, comunitárias e especialistas, entre eles a deputada federal Jandira Feghali, para discutir soluções diante da violência e propor um modelo de segurança pública mais humano e eficaz.

A sede do SINTECT-RJ foi palco, na última quinta-feira (6), de um importante debate sobre os rumos da segurança pública no estado. O evento, promovido pelo PCdoB-RJ, reuniu lideranças políticas, especialistas e representantes de comunidades para dialogar sobre alternativas ao atual modelo de enfrentamento da violência, que afeta especialmente as populações mais vulneráveis.
Entre as presenças de destaque, participou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que reforçou a necessidade de se construir uma política de segurança centrada na proteção da vida e na valorização das comunidades. “A segurança pública não pode ser apenas sinônimo de repressão. É preciso garantir direitos, oportunidades e dignidade para o povo fluminense”, afirmou Jandira.
Também participaram do debate o professor Lenin Pires, do Instituto de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), Grazielle Monteiro, secretária de Organização do PCdoB-RJ, Daniel Iliescu, presidente estadual do partido, além de lideranças comunitárias como Alex Sorriso, da Vila Cruzeiro, e Andréia, do Complexo da Penha.
Durante as falas, os participantes destacaram que a crise da segurança pública é fruto de um longo processo de desigualdade social, da ausência de políticas públicas efetivas e da desestruturação das forças policiais. O professor Lenin Pires ressaltou que “não é possível discutir segurança sem enfrentar a exclusão social e sem responsabilizar o Estado pelos impactos de suas ações e omissões”.
As lideranças comunitárias relataram a dura realidade vivida por moradores das favelas, vítimas de operações policiais marcadas por abusos, invasões e destruição de bens. “O que exigimos é o fim da brutalidade e o respeito à vida. Ninguém veria esse tipo de truculência em bairros nobres do Rio”, afirmou Alex Sorriso, da Vila Cruzeiro.
Outro ponto debatido foi o caráter empresarial que o crime organizado assumiu nos últimos anos, controlando serviços e impondo o domínio sobre as comunidades. Para os presentes, o combate à violência exige mais do que repressão: é preciso investir em educação, cultura, trabalho e políticas sociais que promovam cidadania.
Encerrando o encontro, Daniel Iliescu destacou a importância da unidade entre movimentos sociais e forças progressistas na construção de um novo modelo de segurança pública. “A defesa da vida deve ser o centro de toda política de segurança. É hora de unir o povo, valorizar os trabalhadores da área e garantir dignidade às comunidades”, afirmou.
O debate reafirmou o papel do SINTECT-RJ como espaço de reflexão, diálogo e mobilização em defesa da vida, dos direitos sociais e da justiça para o povo fluminense.

