Encontro de Mulheres destaca conquistas e a luta por igualdade de direitos nos Correios

Notícia publicada dia 01/04/2025 16:58

No último dia 30, o Sintect-RJ organizou o Encontro de Mulheres, em Guapimirim, evento para celebrar o Mês da Mulher e o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. A data é uma homenagem às conquistas das mulheres e uma luta por igualdade de direitos.

Debora Henrique, diretora da secretaria das Mulheres do Sintect-RJ, elogiou a participação de várias mulheres no encontro organizado pelo sindicato. Segundo ela, a entidade valoriza e reconhece a força das mulheres trabalhadoras dos Correios.

“Sempre valorizou. E nesse mês de março, que é o nosso mês, reafirmamos o nosso compromisso com a luta por direitos, igualdade e respeito. Debatemos temas importantes, como assédio moral no ambiente de trabalho, além das cláusulas do acordo coletivo. Tivemos muitos avanços ao longo de 10 anos, mas ainda tem muito coisa para avançar”, observou.

A dirigente ressaltou ainda a importância da participação de muitas mulheres da base no encontro.

“Foi muito gratificante ver o número expressivo de mulheres da base. A secretaria está à disposição para qualquer eventualidade. As mulheres são fundamentais na construção de um sindicato forte e defesa dos direitos da categoria. Quando as mulheres participam e se mobilizam, conquistamos mais igualdade, direitos, respeito e melhores condições de trabalho”, avaliou.

Rosemeri Leodoro, secretária-geral do Sintect-RJ, comentou que o encontro de mulheres mostrou a identificação de filiados com o sindicato. Segundo ela, durante o evento foram debatidos vários temas, como a situação atual dos Correios e os avanços que as mulheres tiveram nos acordos coletivos anteriores, após a eleição do governo Lula.

“Além da confraternização, foi muito bom ver estas camaradas juntas no café da manhã e almoço. Fizemos política de alto nível, discutindo temas relevantes para a categoria. O mais importante foi o entendimento dessas mulheres sobre o momento que vivemos hoje, sabendo de todas as dificuldades que estamos enfrentando e todas dispostas a lutar em prol da empresa. Conscientes de que o desafio será grande”, enfatizou.

A dirigente destacou o debate sobre a necessidade da implantação do marketplace e do e-commerce nos Correios, alternativas para melhorar a situação financeira dos Correios.

“Nossos concorrentes estão nadando a braçadas e nós estamos perdendo espaço no mercado. Vamos recuperar o nosso espaço e voltar a ficar no topo porque temos a melhor logística. Precisamos agora de uma plataforma digital para operar com todas essas mercadorias”, indicou.

Patrícia Melo, que trabalha no administrativo da Gerência de Atividades Externas 3, considerou o encontro muito proveitoso por conta do momento dos Correios.

“Estarmos juntas, conversar e saber o que está realmente acontecendo é importante. Interagir, entender e aprender. Conhecer e ter consciência de atos e fatos é necessário. Estamos aqui principalmente para nos divertir e ter conhecimento de, como mulheres, até que ponto chegamos. Eu amo os Correios. Trabalho para a empresa com o maior prazer. Tudo que ganhei e tenho até hoje, graças a Deus, foi pela minha empresa. Meus pais morreram com o plano de saúde dos Correios. Eu pago a faculdade da minha filha. Pago tratamento e remédios dela através de benefício da empresa”, revelou.

Patrícia Melo disse que o evento mostrou as trajetórias das mulheres nos Correios, as lutas, manifestações e conquistas.

“Fiquei muito orgulhosa com a luta das mulheres nos Correios em busca de seus direitos nas ruas e na política. Um marco. Interagir, conhecer e saber das lutas do que está acontecendo e poder avançar. Porque é daqui que tiramos o nosso sustento. Saber e ter consciência de tudo que é importante para a nossa categoria se faz necessário”, comentou.

Entre as conquistas das mulheres, através da luta do Sintect-RJ, destaca-se:

. O adicional de 30% do salário base para a empregada gestante ocupante do cargo de Agente de Correios, na atividade de carteira e na atividade de carteira motorizada, a partir do primeiro mês de gestação, quando deslocadas para serviços internos com o objetivo de preservar o estado de saúde da mãe e da criança.

. A empregada vítima de violência doméstica será transferida de unidade, município ou Estado, quando solicitado, garantido a manutenção do vínculo trabalhista quando necessário o afastamento do local de trabalho.

. Será concedido licença remunerada de 20 dias em razão de violência doméstica praticada contra as empregadas.