Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro

Siga nas redes:

A perversidade da reforma trabalhista contra a mulher trabalhadora

Notícia publicada dia 28/07/2017 17:20

Tamanho Fonte:

*Por Neli Rezende, secretária de mulheres do SINTECT-RJ

Como se não bastassem as dificuldades do dia a dia para a mulher que trabalha, o governo golpista de Michel Temer, traz mais um retrocesso para as brasileiras, a aprovação da reforma trabalhista. As medidas, que precarizam as relações de trabalho e flexibilizam direitos conquistados – à favor do patrão -, afetam de forma cruel as mulheres.

O principal fator que estimula à exploração das mulheres pode ser entendido pela ausência de acordos coletivos e convenções nas relações de trabalho. Ou seja, as empresas ficam livres para negociar os nossos direitos. O que, obviamente, prejudica o lado mais fraco, nós.

Em um breve exemplo, podemos falar sobre a jornada de trabalho. Atualmente, a duração da jornada de trabalho é limitada pela Constituição Federal em oito horas diárias e 44 horas semanais. Com as alterações da Reforma Trabalhista, a única limitação será do total de 220 horas por mês. Ou seja, seu patrão tem a liberdade de decidir sobre seu período de trabalho.

Para nós, mulheres, que exercemos jornada dupla – até tripla –, em casa com as tarefas domésticas e com os filhos, aumentar a jornada de trabalho é nos excluir do mercado. É impor nosso retorno aos subempregos, à informalidade e exclusão de direitos.

Além da jornada de trabalho, outro ponto negativo da reforma é o afastamento da mulher gestante do local de trabalho insalubre. De acordo com o texto da medida aprovada pelo congresso, a gestante só será afastada em caso de “insalubridade máxima”. E quem determina isso? A empresa. O absurdo de deixar a saúde da mulher e da criança nas mãos de quem os explora.

Por isso, companheiras, precisamos nos unir. Precisamos lutar contra essas medidas que nos jogam diretamente à margem da sociedade. É por nós, pela nossa história de luta, pelo presente e futuro de nossos filhos(as), que é urgente essa mobilização. Compareçam às assembleias, não tenham medo. Juntas, somo muitas, somos gigantes e somos invencíveis! Venham para a luta!

Compartilhe agora com seus amigos