ANATECT promove encontro no RJ para favorecer uma elite dentro da ECT e ignorar trabalhadores

Notícia publicada dia 11/11/2024 14:28

Quem a ANATECT realmente representa? Os trabalhadores dos Correios ou os interesses de uma elite que abandona a categoria em troca de privilégios?

Sob a influência do presidente dos Correios, Fabiano Silva, a ANATECT tem realizado encontros em várias regiões do país que, em vez de apoiar a luta dos trabalhadores, atendem aos interesses de uma elite restrita dentro da empresa. Com mais um encontro marcado para o Rio de Janeiro, a associação demonstra que sua prioridade não é a valorização dos ecetistas, a defesa dos direitos trabalhistas e muito menos o fortalecimento dos Correios. Em vez disso, busca consolidar uma rede de influências que beneficia diretamente um pequeno grupo alinhado à gestão.

Esses encontros, apresentados como “debates corporativos”, escondem um objetivo claro: construir uma estrutura de apoio à gestão atual, enquanto as demandas reais dos trabalhadores, como melhores condições de trabalho, realização de concursos públicos e proteção aos direitos, são deixadas de lado. Em vez de promover avanços para a categoria, a ANATECT reforça uma política de nomeações, colocando aliados de Fabiano Silva em cargos importantes, sem compromisso ou competência na defesa dos ecetistas.

Além disso, a ANATECT conta com antigos “sindicalistas” que, em troca de benefícios e cargos, abandonaram a histórica luta da categoria e passaram a defender interesses alinhados à gestão. Esses encontros não têm o objetivo de fortalecer os Correios como uma empresa pública e de qualidade, mas sim de beneficiar uma cúpula que usa a influência da ECT para promover seus próprios interesses.

O SINTECT-RJ repudia a atuação da ANATECT e a postura do presidente dos Correios, que usa a influência da empresa para enfraquecer o movimento sindical e consolidar sua base de apoio. O sindicato reafirma seu compromisso com a defesa dos trabalhadores, a luta por melhores condições de trabalho e a construção de uma ECT pública, forte e comprometida com a categoria e seu papel social. A união dos ecetistas é essencial para resistir a essas manobras e impedir o desmonte dos Correios promovido pela atual gestão.