Trabalhadores do RJ rejeitam proposta da ECT e estado de greve é aprovado
Notícia publicada dia 31/07/2019 23:52
Vice-presidente do TST propôs prorrogar o ACT até o dia 31/08 e continuidade às negociações
Os trabalhadores e trabalhadoras do RJ compareceram a praça de guerra e na assembleia desta quarta-feira, 31 de julho, demonstraram toda disposição de luta da categoria, rejeitando a proposta da ECT para o Acordo Coletivo 2019/1020 e decretar estado de greve.
No dia anterior, a direção dos Correios apresentara sua proposta oficial aos representantes dos trabalhadores (as 2 federações), que consiste no reajuste de 0,8% nos salários e benefícios econômicos. Também mantivera os ataques aos direitos da categoria antes apresentados, com a exclusão/alteração de 45 cláusulas do atual acordo vigente e aumento da coparticipação de 30% para 40%, que são de caráter unicamente retrógrado e de supressão de direitos, que geraram grande discussão e repercussão e já foram recusadas pelos trabalhadores nas assembleias realizadas em todo país.
Também na terça-feira, em reunião entre as 2 Federações e o TST, o vice-presidente do Tribunal, ministro Renato de Lacerda Paiva, prometera apresentar uma proposta conciliatória para o Convênio Médico na audiência de mediação realizada na quarta, 31/07, e apontará a possibilidade de, além dos tópicos referentes ao plano de saúde, apresentar proposta referente ao ACT 2019/2020.
Mas o vice-presidente do TST não apresentou proposta na audiência de mediação e propôs às partes o seguinte:
a) Prorrogação do acordo coletivo até 31 de agosto de 2019;
b) Manutenção do plano de saúde para os pais para atendimento de urgência e emergência até 31 de agosto de 2019;
c) suspensão de qualquer ato grevista até 31 de agosto de 2019.
Disse ainda que, nesse período, o TST intermediará a questão do plano de saúde dos pais, do plano de saúde da categoria e das questões das cláusulas econômicas e sociais do ACT 2019-2020.
Frente à situação configurada, o SINTECT-RJ e FINDECT defenderam as seguintes posições, aprovadas nas assembleias pelos trabalhadores e trabalhadoras:
1. Rejeitar a proposta apresentada pela direção da empresa em que consiste na retirada de direitos e reajuste de 0,8% nos salários e benefícios;
2. Aprovar o estado de greve;
3. Ampliar as mobilizações, atos e intensificar as reuniões de esclarecimentos nas unidades;
4. Dar prosseguimento ao processo de negociação do ACT 2019/2020 até o dia 31/08.
Mobilização total
É preciso ampliar a mobilização em todos os setores, e deixar claro que precisamos unir forças e defender o nosso acordo coletivo contra a retirada de direitos e reajuste, todos à luta!