Greve se intensifica com ato e forte mobilização em frente à sede dos Correios no Rio de Janeiro
Notícia publicada dia 12/08/2024 18:12
Os Trabalhadores realizam enterro simbólico do presidente da estatal e reforçam a adesão ao movimento, que já afeta a distribuição de milhões de encomendas e correspondências.
Nesta segunda-feira, 12 de agosto, a greve dos trabalhadores dos Correios no Rio de Janeiro se fortaleceu com um número crescente de adesões, aumentando significativamente a pressão sobre a direção da empresa. A paralisação, que já ameaça causar um colapso nas entregas, deixou cerca de 2 milhões de objetos simples e 1 milhão de objetos qualificados parados, demonstrando a força e a determinação da categoria.
No Rio de Janeiro, o SINTECT-RJ realizou um ato em frente ao edifício-sede da empresa, onde simbolicamente enterraram o presidente dos Correios e o secretário-geral da FENTECT, como forma de protesto contra a intransigência da direção da estatal e da traição ao movimento sindical. Este ato reflete a insatisfação dos trabalhadores com a falta de diálogo e respeito por parte da empresa, que até o momento não demonstrou interesse em retomar as negociações.
A greve, que já se destaca pela mobilização intensa em São Paulo e no Rio de Janeiro—responsáveis por mais de 40% do tráfego postal nacional—, segue ganhando força a cada dia. O SINTECT-RJ formalizou a cobrança pela retomada das negociações, mas a direção da empresa mantém-se inflexível, ignorando a crescente pressão da categoria.
A FINDECT através do vice-presidente, Elias Diviza, se reuniu com o Ministro do Trabalho na tentativa de intermediar um diálogo com a empresa. No entanto, a chave para uma solução está no fortalecimento contínuo da greve e na repercussão nacional do movimento.
A continuidade e a expansão da greve são essenciais para forçar a direção dos Correios e o governo a abandonarem sua postura intransigente e a voltarem à mesa de negociações, atendendo às justas reivindicações dos trabalhadores, que incluem um reajuste salarial condizente com a realidade econômica atual.
A mobilização dos trabalhadores dos Correios segue firme e com grande apoio da categoria, que busca melhores condições de trabalho e a preservação dos direitos conquistados. A luta continua, e a greve, cada vez mais forte, é o caminho para garantir que a voz dos trabalhadores seja ouvida.