Correios quer fechar unidade recordista de entregas
Notícia publicada dia 21/09/2021 12:39
A direção regional dos Correios do Rio de Janeiro, pretende fechar o Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, que hoje entrega quase 100 mil objetos postais mensalmente e é uma das mais bem avaliadas unidades dos Correios no Estado. Sem qualquer justificativa plausível, a direção da empresa pretende encerrar as atividades da unidade ainda esse mês, para cumprir os planos da direção regional da empresa, que já fechou várias unidades operacionais importantes para a entrega de objetos postais.
O SINTECT\RJ repudia a estratégia da atual gestão dos Correios de reduzir as unidades operacionais da empresa, que tem piorado drasticamente o atendimento à população e precarizado absurdamente as condições de trabalho para os funcionários dos Correios. Várias unidades operacionais fecharam nos últimos meses, dentre elas estão os CDD Bangú, Centro (Primeiro de Março), Vaz Lobo o que aumentou muito o atraso nas entregas.
“Parecem querer sabotar os serviços prestados pelos Correios para jogar a população a favor do projeto de privatização. Não existe qualquer diálogo com os trabalhadores e muito menos com a população sobre esse plano de gestão. Estamos acionando o Ministério Público, a prefeitura, a Câmara Municipal e a Alerj, estamos fazendo todo o possível para pôr fim a essa sanha destrutiva aos Correios, feita pelos militares que estão à frente da direção dos Correios”, explica o diretor jurídico do Sindicato, Fagner Ribeiro.
Segundo o dirigente, a ação pode ser considerada criminosa uma vez que beneficia somente os agentes privados que querem a privatização dos Correios, em detrimento do serviço postal público garantido pela constituição para a população. “Quais interesses se escondem por trás de uma ação que faz uma empresa pública não cumprir o papel social de fazer um bom serviço público para a população? Fechar as unidades dos Correios não beneficia a população e causa graves transtornos para os trabalhadores,” explica Fagner.
O fechamento das unidades aumenta o tempo improdutivo é que aumento significativo do tempo de deslocamento, que faz os carteiros entregarem menos objetos. Fora isso, com as unidades que recebem as cargas do CDD fechado ficam superlotadas de objetos, isso aumenta muito o tempo operacional para seguir para entrega, provocando atrasos em locais que isso pouco acontecia. “Sem falar que os trabalhadores ficam entulhados em unidades lotadas, com poucos banheiros e vestiários adequados e condições de higiene absurdas. Até banheiros químicos foram colocados em unidades, grande parte dos trabalhadores se sentiram humilhados e totalmente desmotivados,” sentencia Fagner.