Essencial é a vida do trabalhador e o combate ao vírus!
Notícia publicada dia 24/03/2020 10:08
É inadmissível que a direção da ECT no RJ e o governo perdidos e sem um plano de ação queiram obrigar a categoria ecetista a permanecer nas ruas em meio aos perigos de uma crise sanitária sem precedentes, sem materiais básicos de higiene e equipamentos de proteção individual!
Até ontem o governo dizia que os Correios eram uma empresa falida. Que ninguém mais envia carta e que a entrega de encomenda deve ser feita pela iniciativa privada. Que a ECT dá prejuízo e tem de ser privatizada.
Mas no decreto com medidas para combate ao coronavírus, os serviços postais e de entrega viraram essenciais para o governo federal e para o estadual, que tirou esses serviços da quarentena.
A mídia empresarial e privatista, quando fala do decreto e da quarentena, anunciam o serviço postal como essencial, mas não cita os Correios.
Mas quem vai fazer esse serviço? As empresas privadas não estão nas ruas. Só os trabalhadores dos Correios, enfrentando o perigo de cara limpa, porque nem máscaras de proteção a empresa entregou. Nem luvas para manipular as encomendas e correspondências. Nem álcool em gel, sabonete e papel para higiene pessoal temos em grande parte das unidades do Rio de Janeiro, mas o GEDIS e gestores têm pressionado os trabalhadores a irem para a distribuição sem os itens básicos de segurança e higiene.
É uma enorme falta de humanidade com os ecetistas!
Essencial agora, só o que for para ajudar a combater a pandemia
O SINTECT-RJ questiona o Governo e direção da ECT por não ter um plano de ação para o serviço de Correios. Nesse momento de exceção, tem que ficar claro o que é essencial, e só usar pessoal para isso. E assim não expor os trabalhadores.
A Caixa Econômica Federal é um exemplo. Fechou todo o atendimento direto. Só manteve o essencial para que o sistema econômico não pare e as pessoas carentes não fiquem sem recursos. E garantiu segurança para os bancários que permanecerão na ativa.
Em primeiro lugar estão a defesa da vida e as medidas necessárias para que o vírus não se espalhe, os casos não explodam, o sistema de saúde não entre em colapso e os casos fatais sejam mínimos!
Enquanto a direção dos Correios bate cabeça sem saber o que fazer, sem um plano efetivo para adotar nesse período de pandemia, o que se vê é a ECT correndo atrás de álcool em gel para disponibilizar aos trabalhadores após pressão do SINTECT-RJ e dos trabalhadores e, por vez, o GEDIS no RJ não sabe onde encontrar.
Os trabalhadores dos Correios ajudam em todas as catástrofes. Não é agora que vão se recusar a fazer o que é essencial, como entregar vacinas, medicamentos e equipamentos médicos no país inteiro.
Mas entregar produtos comprados pela internet, contas, multas, IPTU não são essenciais. Tudo é supérfluo e pode esperar. Bancos e empresas têm como contornar a situação.
O SINTECT-RJ reforça sua orientação pela garantia e defesa da vida dos ecetistas e de seus familiares, dos clientes e de toda a população!