13 de Maio: Dia de combate ao racismo e reflexões sobre a farsa da abolição
Notícia publicada dia 13/05/2024 16:58
Uma análise crítica sobre o 13 de Maio, data oficial da abolição da escravidão, que evidencia a necessidade contínua de enfrentamento ao racismo estrutural no Brasil.
O 13 de Maio é marcado como a data oficial da abolição da escravidão no Brasil, mas para a população negra, não é motivo de celebração. Ao contrário, é um dia de reflexão e denúncia. A assinatura da Lei Áurea, embora seja vista como um marco histórico, não representou uma libertação genuína para os negros e negras do país. Ricardo Poeta, Diretor de Assuntos Raciais do SINTECT-RJ, ressalta que essa data é uma ilusão de liberdade que encobre séculos de exploração e injustiças raciais.
A princesa Isabel, ao assinar a lei, não adotou medidas para garantir uma vida digna aos ex-escravizados. Isso evidencia as lacunas deixadas por uma legislação que não se preocupou em integrar os negros e negras na sociedade brasileira pós-abolição. Passados 136 anos, o racismo estrutural persiste, refletido em desigualdades sociais e na preferência por mão-de-obra imigrante branca em detrimento dos negros.
Enfrentar o racismo é uma missão inegociável para o SINTECT-RJ. O dia 13 de Maio não é celebrado como o Dia da Abolição, mas sim como o Dia Nacional de Luta contra o Racismo. É uma data para denunciar a continuidade da exploração e discriminação que afetam negros e negras em todas as esferas da sociedade brasileira. Essa é uma batalha que exige um compromisso contínuo pela verdadeira abolição das raízes escravocratas do país.