Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro

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Fortalecer a greve é a resposta da categoria à truculência da direção dos Correios

Notícia publicada dia 12/09/2020 14:03

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Não há outro caminho a não ser a ampliação da Greve como saída para garantir a manutenção dos direitos, benefícios e empregos da categoria

Ronaldo Martins convoca todos para fortalecer a grande greve nacional: “O que está em jogo é a destruição do nosso acordo coletivo e sustento de nossas famílias, se a reunião de conciliação tivesse sido transmitida ao vivo, nenhum trabalhador estaria nas unidades após as declarações e posições da direção dos Correios na audiência, tremendo desrespeito a quem mantém essa Empresa forte e lucrativa

A intransigência dos Correios no processo de negociação no TST, obriga todos os Trabalhadores a manter a greve deflagrada desde o dia 17/08 após a empresa que retirar de forma unilateral, 70 dos 79 pontos do acordo coletivo, após obter decisão favorável através do STF, ou seja, acabar com todas garantias econômicas e sociais conquistadas ao longo de décadas.

O SINTECT-RJ ressalta que nossa greve é em defesa da garantia do sustento de nossas famílias, diferente do que é divulgado mentirosamente pelo General Floriano Peixoto e pelo ministro das comunicações, Fábio Faria.

Uma tremenda falta de respeito e transparência com a população e trabalhadores, jogar a conta nas costas dos guerreiros que estão desde o início da pandemia desempenhando suas atividades com excelência e profissionalismo, mesmo diante da falta de EPI’s, principalmente máscaras de proteção.

Sabemos do nosso papel, importância e da essencialidade de nossas atividades frente à sociedade brasileira. É uma greve que dignifica a categoria por defendermos a manutenção dos direitos e benefícios.

O que está em jogo na greve dos trabalhadores dos Correios?

Nesse contexto diante da proposta, a resposta da categoria ao General Floriano Peixoto deve ser bem precisa. Deve conter alguns elementos esclarecedores ao governo e a sociedade.

1 – Que estamos fortes, unidos e conscientes da nossa força e da coerência de nossas reivindicações;

2 – Que estamos nessa luta em particular pelo sustento de nossas famílias;

3 – Que neste momento quem tem de recuar é o governo Bolsonaro em seu propósito de acabar com os direitos, oferecendo à categoria migalhas, enquanto a direção militar entreguista dos Correios reafirma seu compromisso com o grande capital especulativo;

4 – A greve deve continuar. Deve ser fortalecida e devemos manter a unidade. Aos trabalhadores que não aderiram ao movimento, o Sindicato orienta o ingresso à greve de toda categoria no Estado;

5 – Embora tenha alegado prejuízos por causa da pandemia, durante a reunião no TST, a direção da ECT ADMITIU que, no primeiro semestre deste ano, a ECT teve um lucro mais R$ 600 milhões não justificando a retirada de direitos;

6 – O lucro que custou a vida de dezenas de trabalhadores que morreram vítima do coronavírus para a ECT não parar, com milhares de contaminados, inclusive sofrendo sequelas posteriores à contaminação;

7 – A categoria, considerada essencial durante a pandemia da covid-19, denuncia a ausência e intransigência na negociação por parte da Empresa e do governo federal, tendo como objetivo nessas medidas o enxugamento da empresa visando facilitar o processo de liquidação/privatização dos Correios, anunciado pelo governo Bolsonaro desde o ano passado.

O SINTECT-RJ preparou uma lista com o que está em jogo na greve dos Correios:

-Redução da Licença-maternidade de 180 dias para 120 dias;

-Redução do pagamento de adicional noturno e de horas extras;

-Fim da indenização por morte;

-Exclusão do auxílio para filhos com necessidades especiais

-Redução do auxílio-creche.

-Vale-cultura;

-Anuênios;

-Adicional de atividade de distribuição e coleta (AADC);

-Adicional de atividade de tratamento (AAT);

-Adicional de atividade de guichê (AAG);

-Altera a data do dia do pagamento;

-Pagamento de 70% das férias;

-Aumento no compartilhamento do vale-refeição;

-Fim da entrega matutina;

-Garantia de pagamento durante afastamento pelo INSS;

-Vale nas férias;

-Vale nos afastamentos por licença médica;

-Para motoristas, é o fim da cláusula sobre acidente de trânsito;

-Garantias do empregado estudante;

-Licença adoção;

-Acesso às dependências pelo sindicato;

-Atestado de acompanhamento;

-Itens de proteção na baixa umidade;

-Reabilitação profissional;

-Adicional noturno;

-Repouso no domingo;

-Jornada de 40hs;

-Pagamento de 15% aos sábados.

Baixa remuneração

Os Trabalhadores dos Correios recebem em média um salário de R$ 1,8 mil, o General Floriano Peixoto ganha mais de 50 mil reais, inclusive auxílio-moradia dentre outros, fora a dezena de militares da reserva indicados em cargos estratégicos da direção dos Correios ganhando salários de R$ 30 a R$ 46 mil. Não é justo os trabalhadores terem sua remuneração reduzida enquanto os militares fazem a festa com a lucratividade da ECT.

Os Correios registraram o maior volume de rendimentos devido ao crescimento de entregas durante a Pandemia, por esse motivo dentre outros enumerados e mencionados pelo sindicato, orientamos pelo fortalecimento e ampliação da greve em todo o estado do Rio de Janeiro, sem arrego, até o fim!

Não vamos retroceder, se junte à luta e participe das atividades do sindicato de esclarecimento a população dos motivos da greve dos trabalhadores dos Correios!

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