Lei Maria da Penha: 11 anos de luta contra a violência e em defesa das mulheres
Notícia publicada dia 11/08/2017 17:29
Segundo os dados, em 52% dos casos a vítima não denuncia o agressor
No dia 7 de agosto de 2006 foi sancionada a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, nome de uma farmacêutica cearense, vítima de violência do próprio marido. Maria ficou paraplégica após as agressões e a tentativa de homicídio do ex companheiro. Atualmente, é uma das principais ativistas na luta pelo fim da violência contra a mulher.
A Lei Maria da Penha é uma das principais ferramentas no combate à violência contra a mulher no Brasil. Segundo pesquisa realizada em 2017 pelo instituto Datafolha, uma a cada três mulheres sofreram algum tipo de violência no último ano, e o agressor, em 61% dos casos, é alguém próximo, conhecido. Desse total, 19% eram companheiros atuais das vítimas 16%, ex-companheiros. Em 43% a agressão mais grave foi dentro de casa. E, infelizmente, em 52% dos casos, a vítima não procurou ajuda ou denunciou o agressor.
Por isso, nessa semana, a diretora do SINTECT-RJ, Karoline Bandeira, ressalta a importância e necessidade de denunciar qualquer tipo de violência contra as mulheres. “Essa história de em briga de marido e mulher ninguém se mete, acabou. Precisamos denunciar quando uma mulher estiver passando por qualquer situação, seja violência física ou psicológica”, afirmou.
Karoline destacou ainda, o suporte oferecido pelo sindicato para auxiliar as mulheres vítimas de violência doméstica. “A trabalhadora que precisar de ajuda, nós recebemos, garantimos o sigilo e procuramos, da melhor forma, amparar e proteger, inclusive judicialmente”, ressaltou.
O SINTECT-RJ reafirma sua posição contrária à qualquer tipo de violência contras as mulheres e segue na luta por um mundo mais justo e igualitário. Lembramos que o número 180 recebe ligações de denúncias de agressão contra as mulheres mantendo o anonimato. Denuncie! Essa luta é minha, é sua, é nossa!