Local impróprio para o trabalho leva o CDD São Pedro da Aldeia a greve
Notícia publicada dia 03/07/2023 17:08
Os trabalhadores decidiram por unanimidade na assembleia realizada na manhã de hoje (3) decretar greve na unidade. A história no CDD São Pedro da Aldeia sobre as condições de trabalho completamente absurdas já completa 17 anos sem que nenhuma gestão da empresa tomasse alguma atitude. Os trabalhadores só aceitam voltar ao trabalho com a assinatura do contrato de locação do imóvel para abrigar a unidade, como reza o acordo firmado entre os gestores da empresa e os trabalhadores em abril passado.
O presidente do SINTECT-RJ, Marcos Sant’Aguida, disse que os trabalhadores tiveram toda a paciência do mundo com os gestores, principalmente após a última assembleia que manteve o estado de greve sem paralisação, para dar o voto de confiança para a gestão da empresa. “O SINTECT-RJ está aqui para apoiar o movimento dos trabalhadores, fizemos todos os procedimentos legais para que se decidissem entrar em greve o Sindicato estaria aqui para apoiar o movimento. Seguiremos firmes apoiando a luta dos companheiros para acabar com este absurdo da unidade, considerada uma das piores condições de trabalho no Rio de Janeiro,” destacou Marcos.
Marcos completa que já são 17 anos que os trabalhadores aguardam uma nova locação para a unidade. “São várias histórias de diversos imóveis, mas que ao final, não se concretizam. A atual gestão dos Correios do Rio de Janeiro, não fez diferente da gestão Bolsonarista, que veio a esta unidade mostrar a possibilidade de um imóvel e nada mudou e tudo permanece do mesmo jeito,” protesta do Sant’Aguida.
Segundo Rodrigo Bucharel, diretor do SINTECT, responsável pelas ações do Sindicato na região dos Lagos, a situação dos trabalhadores é caótica. “É desumano o que fazem com os trabalhadores dessa unidade. Quando chove a unidade fica tomada pela água contaminada com fezes de animais, uma vez que tem um pasto e um valão sanitário ao lado da unidade. A carga é separada no chão e normalmente do lado de fora da unidade. A situação requer um olhar de direitos humanos,” destaca o diretor.
A presença dos gestores durante a assembleia não intimidou os trabalhadores que dispararam sobre os absurdos cometidos contra eles durante todos esses anos . Uma das trabalhadoras destacou que na reunião que houve a promessa do dia 30 de junho, o gestor que amarrou o acordo com os trabalhadores, disse ter competência e autoridade para resolver a questão. Hoje sequer apareceu para a nova reunião, em que os gestores dizem não ter autoridade para garantir a data para a assinatura do contrato.