Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro

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Luta contra o fechamento do ambulatório ganha força

Notícia publicada dia 30/06/2022 13:43

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O ato contra o fechamento do ambulatório, na manhã do dia 29, em frente ao edifício sede dos Correios, realizado pela direção do SINTECT-RJ, ganhou força com o apoio de parlamentares que enviaram vídeos em solidariedade e divulgaram o absurdo em suas redes sociais. A mobilização ganhou ainda a adesão dos trabalhadores da unidade que estão revoltados com a mais essa ação desastrosa da gestão dos Correios no Rio de Janeiro, comandada atualmente pelo superintendente regional Ailton Ricardo de Araujo Fogos.  A diretoria colheu assinaturas para o abaixo assinado dos trabalhadores contra o fechamento do ambulatório.

Uma situação inusitada chamou a atenção dos participantes do ato, o exagero na conduta do gestor em função da ação do Sindicato de fazer uma manifestação, que sempre foi pacífica e democrática. Além de pedir a presença da Polícia Militar, o gestor fez questão de fechar a portaria que dá acesso ao prédio, impedindo a passagem de funcionários e clientes, todos tiveram que dar uma enorme volta em torno do prédio para ter acesso à unidade, nem mesmo um deficiênte físico teve seu acesso liberado. 

Para o presidente do SINTECT-RJ, Marcos Santaguida, o exagero sinaliza um mau começo na relação com os trabalhadores. “Chegou e nem mesmo convidou a representação dos trabalhadores para iniciar os diálogos sobre os desafios que terá pela frente e já chama a polícia e fecha a porta na cara dos trabalhadores. O Sindicato vai continuar seu trabalho de denunciar os malfeitos da direção da empresa e os atos vão acontecer como sempre aconteceram, não vamos nos intimidar,” rebate o presidente. 

O fechamento do ambulatório é uma questão de saúde pública

O diretor de saúde do trabalhador e trabalhadora do SINTECT-RJ, Cristiano Galvão (Padre), condenou  o fechamento da unidade de saúde que também é responsável pela prevenção e cuidado com os trabalhadores com doenças ocupacionais e também de acidentados. “Aqui no edifício sede temos muitos trabalhadores que foram realocados em função de doenças funcionais e são acompanhados pelo ambulatório. Agora esses trabalhadores terão que lotar ainda mais as unidades dos SUS. Vale lembrar que são eles que sentem dores e precisam de um atendimento mais imediato, por ter uma doença que adquiriram trabalhando na empresa. Um descaso absurdo,” destacou o diretor.

O ambulatório além de atender essas demandas, era responsável também pela realização de exames periódicos, para o trabalhador não se ausentar do trabalho para uma consulta simples. Segundo Rosemeri Leodoro,  secretária geral do Sindicato, o protesto não é apenas contra o fechamento da unidade do prédio sede, mas de todas as outras que foram se fechando como de Benfica, Niterói, Campo Grande, São Gonçalo e outras. “Os ambulatórios são uma marca de todas as grandes empresas para evitar o absenteísmo, acolhendo e resolvendo problemas importantes da saúde do trabalhador de forma ágil para mantê-lo junto da equipe. Esse é um programa que deveria ser ampliado e não reduzido. O Sindicato vai continuar fazendo muito barulho contra o fechamento do ambulatório,” finaliza a diretora. 

Absurdos só serão corrigidos com outro governo

A ação de fechar as unidades ambulatoriais dos Correios segue a cartilha do presidente Bolsonaro, que faz de tudo para retirar direitos de quem trabalha e jogar a culpa da crise econômica e política do país nos trabalhadores. Nesse sentido, todas as falas no ato, destacaram que é preciso mudar o presidente para que acabar com essas políticas absurdas e incompatíveis com uma boa gestão e recuperar a dignidade dos trabalhadores. 

Para o presidente do SINTECT-RJ, Marcos Santaguida, os trabalhadores dos Correios não tem como se enganar mais com Bolsonaro. “Ele conseguiu quebrar a confiança que a população tinha nos serviços dos Correios e promoveu a maior perseguição aos direitos da nossa categoria. Para os gestores Bolsonaristas nos Correios, que estão fazendo esse pacote de maldades contra os trabalhadores fiquem atentos porque isso vai mudar. O povo brasileiro vai dar um basta nesse absurdo daqui a menos de 90 dias. Podem se preparar,” setencia o presidente. 

Parlamentares como a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB\RJ), a deputada estadual, Enfermeira Rejane (PCdoB\RJ) e o deputado federal Paulo Ramos (PDT\RJ) fortaleceram ainda mais a luta enviando vídeos em solidariedade ao movimento. Todos os parlamentares foram taxativos e contrários à política nefasta de Bolsonaro de retirar direitos dos trabalhadores.

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