Descaso e Abandono: Trabalhadores do CDD Macaé e São José do Barreto sofrem em condições insalubres enquanto unidade reformada permanece fechada
Notícia publicada dia 25/09/2024 16:56
O rastro de negligência da antiga superintendência dos Correios no Rio de Janeiro e a falta de ação da gestão atual continuam a penalizar os trabalhadores do CDD Macaé e CDD São José do Barreto. Mesmo após a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), as condições de trabalho permanecem insustentáveis, com uma unidade superlotada e sem infraestrutura adequada, enquanto outra, totalmente reformada, segue fechada.
Com a interdição judicial do CDD São José do Barreto, a empresa transferiu todos os trabalhadores e a carga postal para o CDD Macaé, sobrecarregando a unidade. O resultado é um cenário de calamidade: forros e luminárias prestes a desabar, vazamentos no telhado e até fezes de animais nos escaninhos. Essas condições não apenas colocam em risco a saúde dos trabalhadores, mas também comprometem a qualidade dos serviços prestados à população, com atrasos e acúmulo de encomendas.
A logística na região está severamente prejudicada. A sobrecarga de trabalho obrigou os carteiros motorizados e os trabalhadores de apoio a trabalharem aos sábados, numa tentativa desesperada de dar conta da demanda, sem que a empresa ofereça qualquer solução viável para o problema. Enquanto isso, o CDD São José do Barreto, reformado e pronto para reabrir, continua fechado por um impasse judicial que a direção dos Correios não se empenha em resolver.
A antiga gestão da superintendência dos Correios no Rio de Janeiro abandonou completamente os trabalhadores da região de Macaé, sem qualquer esforço para mudar a realidade precária que se instalou. A atual direção também não demonstra interesse em resolver o problema, deixando a categoria em um limbo entre a superlotação de uma unidade e a impossibilidade de retorno à outra, que já está apta para funcionar.
Diante desse descaso prolongado, os trabalhadores decidiram manter o estado de greve e intensificar a mobilização. O SINTECT-RJ está ao lado da categoria e vai continuar pressionando a direção dos Correios até que uma solução definitiva seja apresentada. Caso a empresa siga ignorando as reivindicações, uma nova assembleia será convocada para definir a data de paralisação total das atividades.
É inadmissível que, mesmo com uma unidade reformada e pronta para o desempenho das atividades, os trabalhadores sejam obrigados a trabalhar em condições insalubres e degradantes. A luta por condições dignas de trabalho é legítima, e a mobilização da categoria só vai aumentar até que os Correios assumam suas responsabilidades e garantam o retorno imediato dos trabalhadores ao CDD São José do Barreto.
O SINTECT-RJ continuará a denunciar o abandono imposto pela antiga gestão e a falta de comprometimento da direção atual dos Correios. A categoria exige respeito e uma solução imediata para o problema. A mobilização seguirá firme até que os direitos dos trabalhadores sejam garantidos e as condições de trabalho adequadas sejam restabelecidas.