Ecetistas junto com trabalhadoras de várias categorias unidas no 8M
Notícia publicada dia 09/03/2022 15:52
As trabalhadoras dos Correios participaram do ato do Dia Internacional de Luta das Mulheres no centro do Rio de Janeiro unidas com outros coletivos de mulheres trabalhadoras de várias categorias. O ato na candelária foi considerado um dos mais representativos de todas as edições do 8M, que caminhou e tomou conta da Avenida Rio Branco e terminou na Cinelândia. Diversos coletivos de artistas mulheres fizeram suas intervenções artísticas para encerrar o ato. A atividade contou ainda com uma área reservada para crianças, o brincAto.
Débora Henrique, secretária da mulher trabalhadora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB\RJ e do SINTECT-RJ, uma das organizadoras da atividade, lembrou que no 8 de março às ecetistas sempre estiveram à frente dos atos das mulheres. “Somos muitas mulheres conscientes e lutadoras. A participação da nossa categoria no ato foi fundamental para que a empresa entenda que é preciso criar programas e ações de valorização da mulher no ambiente de trabalho, contra o assédio e o machismo,” destaca a dirigente.
A marcha foi composta de mulheres de várias categorias. Metalúrgicas, bancárias, professoras, enfermeiras entre outras trabalhadoras foram fundamentais para a troca de experiências sobre a luta contra a opressão e o machismo dentro do ambiente de trabalho. “Nós da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil colocamos o tema da mulher trabalhadora como prioridade. Sabemos o quanto essas mulheres precisam se sacrificar para estar junto com as outras companheiras para lutar por seus direitos, em função da dupla jornada e do machismo,” explica a diretora.
Rosemeri Leodoro, secretária geral do SINTECT-RJ, presente no ato destacou que a luta das trabalhadoras dos Correios não é fácil, uma vez que além de lutar contra os absurdos cometidos pela gestão da empresa no Rio de Janeiro, luta contra a privatização dos Correios e, ainda, tem que garantir a luta contra a opressão e o machismo dentro dos Correios. “O negacionismo que predomina na gestão da empresa não foi somente no descaso com os trabalhadores na pandemia, mas também com a falta de políticas de valorização da mulher no ambiente de trabalho, onde o assédio contra a mulher cresce a cada dia, com exemplos cada dia mais dolorosos. Para dar um basta nisso estamos aqui unidas,” protesta a Leodoro.
A diretoria do SINTECT-RJ, em nota reafirmou seu compromisso com o fortalecimento da luta das mulheres, em particular, das trabalhadoras dos Correios.
Pela vida das mulheres, contra a opressão e o machismo, fora Bolsonaro!