Pressão dos Sindicatos filiados à FINDECT pressionam e votação do PL 591 na CAE do Senado é adiada
Notícia publicada dia 09/11/2021 14:12
A atuação da FINDECT e dos Sindicatos diariamente no senado apresentando documentos, dialogando e argumentando com senadores e assessores e a atuação da categoria nas redes sociais cobrando a defesa dos Correios públicos somada à crise crescente do governo Bolsonaro, que não conseguiu formar maioria para aprovar a destruição dos Correios, são os motivos desse adiamento da votação do relatório do PL 591 que estava prevista para essa terça, 9 de novembro.
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O anúncio do adiamento foi feito pelo presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, CAE Senado, senador Otto Alencar (PSD/BA).
O texto do relator Márcio Bittar (PSL/AC) para o PL 5921, semelhante ao aprovado na Câmara a partir de relatório do bolsonarista deputado Gil Cutrim (Republicanos/MA), estava previsto para ser votado na Comissão na terça, 9 de novembro.
De acordo com Alencar, o adiamento foi motivado por alteração promovida pelo relator em seu parecer. Ele acrescenta dispositivo para prever a vedação do fechamento das agências dos Correios em áreas remotas da Amazônia Legal, nos municípios com população inferior a 15.000 habitantes, mas não para sempre, só pelo prazo de 60 meses após a desestatização.
Resultado da mobilização
Por trás desse adiamento está a falta de apoio entre os senadores para esse PL que desmonta os Correios e desestrutura o setor postal.
A partir do trabalho diário de informação da FINDECT diretamente no senado e das denúncias e cobranças dos trabalhadores pelas redes sociais, telefone, email e whatsapp, eles estão entendendo que essa história do PL 591, de mudar o marco regulatório e reorganizar os serviços postais é eufemismo, balela, enganação para esconder a entrega dos Correios e do controle do setor para empresas privadas.
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Desgaste crescente
Outro motivo é o desgaste do governo e do presidente e a crise de governabilidade que ele provoca, que não param de crescer. No momento, isso pode ser visto na polêmica envolvendo a PEC dos Precatórios.
Para Bolsonaro, essa PEC é essencial para implantar o Auxílio Brasil em lugar do Bolsa Família.
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Ele quer usar essa mudança para tentar recuperar apoio na população, com um programa que embora seja pior que o existente, fraudulento e com data apara acabar, pode enganar muita gente.
Para comprar os votos dos deputados, o Governo criou um orçamento secreto, com o qual destina verbas para emendas. É uma indecência ilegal e imoral que foi questionada pelo STF, com exigência de explicação e ameaça de impugnação.
Como isso cada vez mais partidos e parlamentares se negam a aprovar projetos desse governo, não querendo ter suas imagens coladas a ele.
São esses os flancos para a categoria explorar com ampliação dos trabalhos da FINDECT e dos Sindicatos diretamente em Brasília, e da mobilização da categoria no contato com os senadores. Todos na luta que a vitória, com a derrota do PL 591, é possível!
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