Negociações Coletivas: ECT insiste em apresentar ataques aos Direitos e benefícios. Trabalhadores resistem!
Notícia publicada dia 31/08/2016 18:03
Os ataques aos direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras ecetistas continuam. Na reunião desta quarta-feira, 31 de agosto, a 8ª no processo de negociações coletivas, a Empresa apresentou mais propostas de cortes e retrocessos.
Além das propostas já rechaçadas pela categoria, como a criação do Banco de horas, flexibilização da jornada de trabalho (com diminuição de salários e benefícios), fim da cláusula que garante a Entrega Matutina e tentativa de impor cobrança, ou co-participações no Plano de Saúde, a Empresa apresenta mais uma lista de propostas contra os Trabalhadores.
Acompanhe abaixo quais as propostas, apresentadas pela empresa, consideradas ATAQUES À DIREITOS E BENEFÍCIOS HISTÓRICOS DOS ECETISTAS:
Ataques econômicos
● Imposição do banco de horas: mecanismo de aumentar a exploração do trabalhador
● Flexibilização da jornada de trabalho com redução de salário
● Redução do número de tickets (de 27 a 30 para 23 a 26)
● Aumento da coparticipação do vale alimentação (de 0,5%, 5% e 10% para 5%, 10% e 15%, a depender da faixa NM do trabalhador)
● Retirada do Vale Peru
● Retirada do Vale Cultura
● Redução de um ano de auxílio creche – benefício valia para filhos de até 7 anos de idade, agora querem passar para 6
● Plano de Saúde com mensalidade e retirada dos pais como dependentes, conforme a empresa deu a entender em sua apresentação
● Salário passa a ser pago no 5º dia útil, e não mais no último dia útil de cada mês.
● As multas de trânsito serão arcadas pelos trabalhadores motorizados
● Fim do parcelamento do adiantamento de férias
● Retirada do anuênio dos novos trabalhadores
● Exclui a cláusula do ticket em caso de afastamento
● Restrições às indenizações em acidentes de trabalho
Ataques às condições de trabalho
● Exclui a cláusula da entrega matutina
● Corte do intervalo de 10 minutos de quem trabalha nos terminais computadorizados
● Ataque à organização sindical: sindicatos e federação com apenas dois liberados
● Fim da obrigatoriedade da emissão da CAT em caso de assaltos
● Fim do pagamento das consultas e medicamentos aos portadores de HIV
● Sem novo concurso público, e continua com o Plano de Demissão Voluntária – PDV
A FINDECT e os Sindicatos filiados, representados pelos Companheiros Gandara(Bauru), Diviza(SP), Ronaldão(RJ) e Márcio(MA), recusaram a negociar as propostas apresentadas.
“Não negociaremos perdas e reduções de direitos e benefícios dos Trabalhadores. O movimento sindical dos Correios tem história, são mais de 30 anos de lutas, desde as primeiras associações, posteriormente sindicatos e federações. Nosso Acordo Coletivo é exemplo da força de nossa categoria. Não aceitamos qualquer tipo de retrocesso.” afirma o presidente da FINDECT, companheiro Gandara.
A FINDECT, bem como os sindicatos a ela filiados, e todas as representações trabalhistas que participam das negociações reprovam a atitude da Empresa.
“Apresentamos nossa Pauta de Reivindicações à Empresa no início de Julho. Lá estão as propostas de nossa categoria para o fechamento de Acordo Coletivo. Não negociaremos a retirada de qualquer direito ou benefício. Nossa posição é clara, na defesa dos 120 mil Trabalhadores e Trabalhadoras Ecetistas.” destaca o Presidente do SINTECT-SP, companheiro Diviza.