Nenhum direito a menos! Diretoria dos Correios propõe retirada de direitos dos trabalhadores!
Notícia publicada dia 30/08/2016 21:47
Saiba o que a ECT quer tirar de nós!
O início das negociações pelo reajuste salarial começou tenso para os trabalhadores. Em reunião realizada na última semana, a ECT deixou clara a intenção de interferir diretamente nos direitos trabalhistas conquistados com muita luta, ao longo dos anos. O encontro contou com a participação do secretário-geral Ronaldo Martins, do SINTECT-RJ, de diretores da FINDECT e de sindicatos de todo país.
O debate tratou de assuntos referentes à pauta de reivindicações da categoria. Com objetivo de anular diretos trabalhistas, a empresa sugeriu o fim da comissão paritária, criada para analisar acidentes de trânsito, cláusula 76, parágrafo 2 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
O ataque também foi feito ao movimento sindical, principal meio de luta dos trabalhadores. Ignorando a cláusula 20 do ACT, e com claro objetivo de promover o sucateamento sindical, a empresa colocou em pauta a redução da liberação de dirigentes sindicais, propondo de 20 para dois, o número de empregados liberados para atuar nos sindicatos. Querem impedir a nossa luta!
A ECT e os trabalhadores debateram calorosamente a proposta da empresa que previa a indexação do banco de horas, em substituição a hora extra. A sugestão imposta pela empresa foi amplamente rechaçada pelos representantes dos trabalhadores, conforme explica o sindicalista Ronaldo Martins, do SINTECT-RJ:
“Estamos aqui para negociar, queremos dialogar, mas não abrimos mão dos nossos direitos conquistados. A categoria sofre com a precarização das condições de trabalho e aumento da carga de serviços, devido ao deficit no efetivo. As horas extras são uma forma de o trabalhador compensar os baixos salários, que é o menor entre todas as estatais brasileiras”.
A reunião também debateu assuntos pertinentes à licença paternidade e a questões das mulheres. Em resposta arbitrária, a ECT afirmou que os Correios não são “Empresas Cidadãs”, por isso não são obrigados a garantir a prorrogação da licença paternidade para 15 dias, mesmo sendo garantido conforme a Lei 13.257/2016. O fim da burocracia e defasagem no auxílio-creche também foi alvo de cobrança por parte dos trabalhadores.
Mais do que nunca, a ECT mostra que não está disposta a respaldar a qualidade do trabalho da categoria. O que nos leva à certeza, que, somente por meio de muita mobilização dos trabalhadores, conseguiremos avançar e garantir nossos direitos nessas negociações. Nesse intuito, o SINTECT-RJ conclama todos os trabalhadores e trabalhadoras a lutar pelos nossos direitos e garantir, condições dignas de trabalho para categoria. Juntos somos fortes!
As negociações seguem até o dia 9 de setembro. Veja o calendário e pautas das reuniões:
Dia 30/08 – Das condições de Trabalho;
Dia 31/08 – Dos benefícios
Dia 01/09 – Das questões econômicas
Dias 08 e 09/09 – Pendências
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Clique aqui para ler a pauta de reivindicações entregue à ECT!