Plenária Estadual da FINDECT/CTB-RJ: Unir para avançar
Notícia publicada dia 31/05/2018 13:47
Ecetistas debatem os ataques do governo contra a classe trabalhadora
A análise do atual cenário político do Brasil foi o tema abordado pelo Presidente do SINTECT-RJ, Ronaldo Martins, na abertura da Plenária, que teve início na manhã desta quinta-feira (31), em Miguel Pereira, RJ. Reunindo representantes dos trabalhadores de diversas unidades dos Correios do Estado. O objetivo do encontro é debater as principais demandas e desafios da categoria durante a Campanha Salarial 2018/2019 e traçar as futuras ações na luta contra o sucateamento da ECT, em defesa do patrimônio público, do emprego digno e pela soberania nacional.
“Hoje o Brasil é governado para uma minoria rica. Essa elite aprovou a Reforma Trabalhista desvalorizando a mão de obra e retirando direitos e benefícios históricos do trabalhador. Nossa briga na atual situação do país não é só pelo reajuste salarial. Nossa luta é pelo emprego”, ressaltou Martins.
Ronaldo destacou ainda, a necessidade de analisar o contexto e interesse político do mercado privado em relação aos Correios, enquanto patrimônio público rentável. “Os Correios tem um papel histórico, contribuindo há 356 anos para o desenvolvimento social do país. São 110 mil trabalhadores de carteira assinada na empresa, a privatização pode acabar com isso, porque a política neoliberal defende a terceirização contra a estabilidade. Nosso papel é reverter esse quadro e combater o avanço dessas ações de exploração”.
Segundo o sindicalista, o projeto neoliberal de massacre aos trabalhadores é amparado por um perigoso tripé, composto pela grande mídia, com aparato da justiça e do Governo Federal, que manipulam a população para aceitar medidas que só prejudicam os mais pobres.
“A reforma trabalhista só beneficiou os empresários, o próximo golpe é a reforma da previdência. Essa que é mais uma reforma contraditória, que exclui a justiça, os políticos e os militares. Um projeto que só retira os direitos e benefícios da classe trabalhadora e dos pobres. Essas reformas têm como base o ódio da ascensão do mais pobre, é um ódio de classe. Os ricos não aceitam o filho do pedreiro na universidade, nem no avião. Não aceitam dividir privilégios que sempre tiveram, explicou.
Para Martins, o principal desafio da categoria é entender a realidade e as ameaças contra a estabilidade, o emprego e o patrimônio público. Outro ponto importante é trabalhar o apoio da população com a causa dos trabalhadores dos Correios.
“A população, o país todo perde com o sucateamento dos Correios. Precisamos mobilizar nas unidades e nas ruas, mostrar para o mundo o que o governo golpista de Michel Temer está fazendo com o patrimônio do povo e com os trabalhadores. Somente dessa forma conseguiremos avançar na luta contra a tirania do governo e da direção da ECT”, afirmou.