Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro

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Desinformação: FENTECT deturpa a verdade sobre o equacionamento e confunde os trabalhadores ao aliar-se à direção da ECT e do Postalis

Notícia publicada dia 13/12/2024 11:14

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O SINTECT-RJ reafirma compromisso com a verdade, apura informações sobre o equacionamento que deverá onerar os aposentados e participantes sob seu 13° salário, e avalia medidas jurídicas para proteger os trabalhadores e o fundo de pensão, além de buscar alternativas que evitem mais prejuízos aos contracheques dos ecetistas.

A defesa dos trabalhadores dos Correios e do fundo de pensão Postalis sempre foi prioridade para o SINTECT-RJ e a FINDECT. Frente às fake news divulgadas pela FENTECT, que deturpam os fatos sobre o equacionamento do Postalis, o SINTECT-RJ reafirma seu compromisso com a verdade e informa que está apurando detalhadamente as informações sobre o déficit e o equacionamento. O Sindicato também avalia todas as medidas cabíveis, incluindo ações judiciais, para garantir os direitos dos trabalhadores e proteger o fundo de pensão da categoria, evitando que a cobrança injusta onere ainda mais o contracheque de trabalhadores ativos e aposentados.

Ação jurídica contra desconto abusivo no 13º salário

Além da análise do déficit, o SINTECT-RJ estuda a possibilidade de ingressar na Justiça contra a imposição de descontos de 75% sobre o 13º salário dos aposentados e participantes do fundo de pensão. Essa medida é vista como ilegítima e abusiva, prejudicando financeiramente os trabalhadores que contribuíram ao longo de suas carreiras. O objetivo é o ajuizamento de ação judicial visando a devolução desses valores e a garantia de que os aposentados não sejam penalizados de forma desproporcional.

Má gestão no Postalis

O Postalis, criado para oferecer segurança financeira aos trabalhadores dos Correios na aposentadoria, tornou-se sinônimo de insegurança devido à má gestão de diretorias anteriores, desvios de recursos e à inadimplência histórica da ECT. Em setembro de 2020, quando conselheiros eleitos pela categoria assumiram, o cenário era de um déficit superior a R$ 12 bilhões, agravado pela dívida da ECT, conhecida como RTSA, um dos principais fatores do desequilíbrio financeiro.

Desde então, o SINTECT-RJ e a FINDECT se dedicaram a denunciar irregularidades, cobrar soluções e impedir que o peso desse rombo recaísse sobre os trabalhadores. Com transparência e determinação, foram realizadas denúncias públicas, atos e reuniões com a diretoria do Postalis e outras instituições.

Entre as ações de destaque, estão os protestos contra o Bank of New York Mellon, responsável por parte das perdas financeiras do Postalis, e articulações junto a autoridades nacionais e internacionais para responsabilizar os culpados e buscar o ressarcimento dos prejuízos.

Falsas acusações da FENTECT

Em 2021, a diretoria do Postalis apresentou propostas que penalizariam severamente os trabalhadores, como:

• Redução da pensão por morte de 85%-100% para apenas 50%;

• Exclusão do pecúlio por morte;

• Criação de uma contribuição extraordinária de 75% sobre o 13º salário dos aposentados.

Essas medidas foram prontamente rejeitadas pelos representantes eleitos, incluindo o conselheiro deliberativo Marcos Sant’aguida, que gravou vídeos denunciando a proposta e votou contra a aprovação na reunião do Conselho Deliberativo. Além disso, ele informou amplamente os assistidos, participantes e sindicatos sobre o equacionamento, destacando sua posição contrária desde o início.

A FINDECT também realizou ampla divulgação aos trabalhadores, alertando sobre os prejuízos dessas medidas. Os três conselheiros eleitos pela categoria votaram contra as propostas e mobilizaram os trabalhadores contra as injustiças.

O SINTECT-RJ também denunciou a passividade da ECT e do Postalis, exigindo que a empresa pagasse suas dívidas e que os responsáveis pelos desvios fossem responsabilizados judicialmente. Apesar disso, Marcos Sant’aguida foi impedido de assumir o cargo de diretor financeiro do Postalis, em clara retaliação por sua postura combativa em defesa dos trabalhadores.

Após não ser implementado na época, devido à estratégia do governo Bolsonaro de evitar conflitos durante o processo de tentativa de privatização dos Correios, o equacionamento foi imposto pela atual diretoria do Postalis em 2024, incluindo o desconto de 75% no 13º salário de aposentados e participantes. Essa medida abusiva gerou revolta e expôs a falta de compromisso da diretoria com a categoria.

A FENTECT, no entanto, aliou-se vergonhosamente à direção da ECT e do Postalis para confundir os trabalhadores, mentir sobre os votos dos conselheiros e distorcer os fatos. Alegar que o SINTECT-RJ e a FINDECT não atuaram em defesa do Postalis em 2020 e 2021 é desonesto e contradiz o histórico de lutas e denúncias do Sindicato.

O SINTECT-RJ reafirma que todas as informações sobre o déficit e o equacionamento estão sendo apuradas com rigor, a fim de embasar possíveis ações judiciais. O Sindicato também avalia todas as medidas cabíveis para evitar que o peso dessa cobrança injusta recaia sobre os contracheques dos trabalhadores e aposentados, ao mesmo tempo em que busca alternativas para proteger os direitos dos participantes do fundo.

Enquanto houver injustiças, o SINTECT-RJ estará ao lado dos trabalhadores, lutando pela verdade, pela justiça e pela preservação do Postalis, um patrimônio dos trabalhadores dos Correios.

Marcos Sant’aguida
Presidente do SINTECT-RJ
Diretor de Formação Política Sindical da FINDECT

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