Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro

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Protocolo de COVID-19 emitido pela empresa no ano passado continua valendo

Notícia publicada dia 05/12/2022 12:17

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Não existe outro documento que possa orientar os trabalhadores dos Correios diante da ameaça de uma nova onda da COVID-19. Para nós do SINTECT-RJ, a crise sanitária volta a ser uma grande preocupação com a saúde dos ecetistas. Com destaque para os riscos que os companheiros imunossuprimidos que, mesmo salvo pela proteção vacinal, ainda correm risco da gravidade da doença por sua própria condição de saúde. 

A segurança com a saúde do trabalhador não pode envolver apenas a gravidade da doença. Ninguém pode se sujeitar a estar em um ambiente de trabalho em que corra risco de se contaminar e prejudicar sua saúde e de sua família. Afinal, ninguém quer ficar doente, para isso precisamos de locais seguros para trabalhar. Por isso é dever da empresa garantir ambientes sejam salubres para que seus trabalhadores continuem saudáveis e mantenham a segurança de suas famílias. 

Nesse sentido, diante do crescimento vertiginoso dos casos da doença, principalmente no Rio de Janeiro, nós do sindicato reforçamos a necessidade de garantir o que determina o protocolo COVID-19 emitido pela empresa, com última versão datada de 17/11/2021.

O documento prevê além do imediato afastamento dos contaminados com ou sem sintomas, o afastamento para trabalho remoto para quem trabalhou a menos de um metro do contaminado e a higienização dos locais de trabalho do contaminado.

São questões essenciais já determinadas pela própria gestão dos Correios para impedir o avanço da doença, que não tem sido respeitadas. Um absurdo diante dos riscos que a doença pode representar.

Além do protocolo, existe a necessidade de implementação imediata de três ações da gestão da empresa fundamentais para que a COVID-19 seja combatido. A primeira delas é a exigência de que todos os trabalhadores estejam obrigatoriamente com as doses da vacina em dia, obedecendo o plano nacional de imunização contra o COVID-19. Ou seja, não basta apenas que o trabalhador esteja vacinado, mas que esteja com todas as doses em dia. 

O segundo ponto é tão fundamental quanto o primeiro: imediato afastamento dos trabalhadores que apresentarem sintomas da doença e o afastamento dos companheiros que tiveram contato com o mesmo. Como reza o protocolo vigente, mas com a aceitação de todos e qualquer teste que seja oferecido atualmente, quer no sistema público ou privado.

O terceiro e não menos importante, a prevenção. É importante que os trabalhadores voltem a tomar os cuidados necessários para evitar o contágio, como reza o protocolo da empresa. Para isso, o retorno imediato da distribuição de máscaras e a disponibilização de álcool gel, sabão e toalhas descartáveis se faz obrigatório novamente. A Fundação Oswaldo Cruz, no último dia 17, voltou a orientar o retorno da utilização das máscaras em ambientes fechados e com pouca ventilação. A recomendação também se estende especialmente a pessoas com fatores de risco para complicações da Covid-19, em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades.    

É importante destacar que o combate a disseminação do coronavírus dentro da empresa é de total responsabilidade dos gestores da empresa. A gestão da empresa é responsável pela cultura institucional de promoção da saúde. Fundamental para o desenvolvimento de ambientes corporativos saudáveis capazes de produzir coletivamente em alto rendimento, sem que ninguém esteja com sua saúde física e mental em risco. É assim em todas as grandes empresas.    

No entanto, muitos desses gestores foram seduzidos pelo absurdo pensamento negacionista e se tornaram responsáveis pelo avanço acelerado da doença em nosso país, que culminou com a morte de quase 700 mil brasileiros e brasileiras. Contra isso, precisamos reforçar nossas convicções de que precisamos preservar a saúde de todos, em particular, dos trabalhadores dos Correios que foram grandes guerreiras e guerreiras durante toda a pandemia, mas que em contrapartida tiveram perdas irreparáveis de companheiras e companheiras de trabalho. 

Vamos juntos lutar pela saúde do trabalhador e também contra a COVID-19 que ainda assola e põe em risco a vida das pessoas. 

Cristiano Galvão (Padre)

Secretário de Saúde do trabalhador do SINTECT-RJ

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