Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro

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Rede Globo distorce notícia e favorece campanha pela privatização dos Correios

Notícia publicada dia 10/05/2019 16:04

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Um veículo de comunicação tem que ser isento e neutro. Mas a Globo mais uma vez deixou isso de lado em matéria veiculada na quinta, 09/05, em que aponta um trabalhador terceirizado flagrado em ilicitudes como servidor dos Correios, ou seja, funcionário concursado.

Pode parecer pouco, mas a diferença é enorme. O terceirizado não passou por um processo seletivo rígido, ganha menos e tem menos direitos que um concursado, fica pouco tempo na empresa e não é responsabilizado como um servidor público por prática de ilicitudes.

Nesse caso, segundo a Globo, o trabalhador terceirizado “Idário Antônio da Silva foi flagrado em um vídeo gravado nesta quinta (9) no Centro de Distribuição dos Correios, em Benfica, Zona Norte, trocando a etiqueta de uma caixa. Segundo a PF, Idário colava etiquetas por cima das originais com nome e endereços de parentes dele.”

Ainda segundo a Globo, a polícia disse que o “funcionário vai responder por peculato – crime de roubo feito por funcionário público”. Como Idário não é concursado dos Correios e, como terceirizado, é empregado de uma empresa privada e não funcionário público, fica a dúvida sobre qual interesse em veicular a notícia com essa distorção.

A dúvida fica mais complexa ao se acrescentar a ela o acesso que a emissora teve à gravação das câmeras do circuito interno do setor dos Correios em que ocorreu a ilicitude. Quem vazou o vídeo? Foi a empresa ou a PF? Qual interesse em fazer esse vazamento e divulgar isso em rede nacional?

Independente das respostas, é claro que a distorção veiculada ajuda a desgastar a imagem da empresa e reforça os argumentos dos partidários da privatização dos Correios. O SINTECT-RJ considera intolerável a ação da Rede Globo e vai exigir, inclusive na justiça, direito de resposta para esclarecer que situações como essa são evitadas com a valorização dos trabalhadores, com concurso público e contratação. Uma privatização vai na contramão e expõe mais os usuários e ilicitudes!

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