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#SAIUNAMÍDIA – Delação da Odebrecht: Kassab é suspeito de receber vantagens como prefeito e ministro

Notícia publicada dia 12/04/2017 12:45

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Citado em dois inquéritos, ministro da Ciência e Tecnologia é suspeito de receber milhões. Ele diz que confia na Justiça e que é preciso ter cautela com depoimentos.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD-SP), aparece em dois inquéritos autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A PGR fez o pedido com base nas delações dos ex-executivos da Odebrecht.

Segundo os depoimentos, em ocasiões diferentes, Kassab teria recebido vantagens indevidas, tanto quando ocupava o cargo de prefeito de São Paulo, quanto na posição de ministro das Cidades e no atual cargo, de ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Em sua defesa, o ministro emitiu um comunicado no qual diz que “confia na Justiça, ressalta que não teve acesso oficialmente às informações e que é necessário ter cautela com depoimentos de colaboradores, que não são provas. Reafirma que os atos praticados em suas campanhas foram realizados conforme a legislação.”

No primeiro inquérito, declarações prestadas por Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Paulo Henyan Yue Cesena afirmam que, à frente da prefeitura de SP e do Ministério das Cidades, no período entre 2008 e 2014, Kassab recebeu um total de R$ 20 milhões, distribuídos ao longo de vários episódios.

Um segundo documento aponta que depoimentos de Carlos Armando Guedes Paschoal e Roberto Cumplido indicam Kassab como um dos beneficiários em um esquema de pagamentos de vantagem indevida para agentes públicos em obras viárias de São Paulo em 2008.

De acordo com os colaboradores, o então diretor da DERSA, Paulo Vieira de Souza, propôs a um grupo de grandes e médias empresas um “acordo de mercado”, aceito pelo Grupo Odebrecht, que liderava o consórcio.

Durante a mesma conversa foi solicitado o pagamento de uma propina no valor de 5% do contrato, além de um adiantamento de R$ 2 milhões, apelidado de “abadá”, que seria destinado, segundo Vieira de Souza, à campanha eleitoral de Kassab. Mas, segundo o depoimento dos colaboradores, esse adiantamento acabou não sendo pago porque já existiam doações diretas ao então candidato.

Fonte: G1

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