Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro

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Trabalhadores do CDD São Pedro da Aldeia mantêm estado de greve e exigem cumprimento do cronograma apresentado pela empresa

Notícia publicada dia 06/04/2023 20:18

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Em assembleia os trabalhadores do CDD São Pedro da Aldeia mantiveram o estado de greve para garantir o cumprimento do calendário proposto pelos gestores da empresa para  mudança da unidade, considerada uma das unidades mais caóticas dos Correios em todo o Brasil. Os ecetistas ainda estão inconformados por terem que aguardar 90 dias para a mudança definitiva, uma vez que já se vão mais de quatro meses da nova gestão da empresa e nada havia sido encaminhado. 

Segundo o presidente do SINTECT-RJ, Marcos Sant’Aguida, o sindicato está junto com os trabalhadores nessa pressão pela mudança de unidade e contra qualquer tipo de retaliação ou intimidação ao movimento dos trabalhadores.”O Sindicato está aqui para apoiar a luta dos trabalhadores e vamos continuar juntos para garantir condições dignas de trabalho. A mobilização não acabou, se no dia 14/04, que é a próxima data do cronograma, nada for feito, estaremos aqui novamente para garantir que os trabalhadores façam, com tranquilidade, seu debate sobre a paralisação e os rumos do movimento,”destacou o presidente. 

Marcos Sant’Aguida garantiu que todos os trabalhadores presentes na reunião dessem seu depoimento sem medo de retaliações, apesar das intimidações do superintendente dos Correios do Rio de Janeiro, Leonardo Oglélio e seus gestores. “Vocês sabem a situação que estão vivendo, o Sindicato vai apoiar seja qual for a decisão que vocês tomarem, estamos aqui para garantir que vocês tenham o legítimo direito de protestar contra esse absurdo que acontece em São Pedro da Aldeia,” explica o presidente. 

Na assembleia, os diretores do SINTECT-RJ, Eduardo Miranda e Rodrigo Bucharel relataram os constrangimentos que marcaram essa etapa do movimento em defesa de melhorias nas condições de trabalho no CDD São Pedro da Aldeia. Os diretores relataram que o SE, Leonardo Oglélio, constrangeu Bucharel em uma reunião realizada no último dia 23/03, qual apresentou possibilidade de aplicar represálias ao movimento. Na sequência, seu assessor Rendeiro também constrangeu o diretor  Eduardo  por mensagem de WhatsApp, pouco antes da paralisação, no dia 02 de abril. No entanto, os diretores não se intimidaram e junto com o sindicato garantiu a reunião dos trabalhadores.

O diretor do SINTECT-RJ, Rodrigo Bucharel, destacou a importância de se manter a mobilização dos trabalhadores. Segundo o diretor, a votação sobre a manutenção do estado de greve ou a greve foi apertada, definida por poucos votos de diferença pela manutenção do estado de greve. “Uma grande parte dos trabalhadores da unidade não acredita mais nas promessas dos gestores dos Correios e queriam a paralisação imediatamente. O Sindicato respeita muito a opinião desses trabalhadores que não suportam mais trabalhar a céu aberto e debaixo de chuva sem qualquer condição razoável de trabalho. A assembleia definiu por aceitar o cronograma, mas todos que votaram a favor da manutenção do estado de greve deram um voto de confiança ao calendário proposto pelos gestores, mesmo com muita desconfiança diante de um inaceitável prazo de 90 dias para concluir os trâmites de locação da nova unidade. Vamos juntos nós do Sindicato e os trabalhadores vamos marcar de perto a execução do calendário,” destacou o dirigente responsável do Sindicato na região dos lagos.

A empresa enviou um documento oficializando o cronograma com prazo de 3 meses para concluir a locação da unidade. Os trabalhadores em assembleia junto com os diretores do SINTECT-RJ presentes na reunião já marcaram a data para avaliar o cronograma, que será no dia 14/04. Caso o cronograma não avance, a assembleia dos ecetistas do CDD São Pedro da Aldeia vai novamente avaliar a possibilidade de paralisação dos trabalhos da unidade. Além do presidente Marcos Sant’Aguida e Rodrigo Bucharel, participaram da atividade os diretores Eduardo Miranda, que trabalha na unidade, e o diretor Paulo Lopes. 

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