Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro

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Estamos falando é da sua saúde, manezão

Notícia publicada dia 10/11/2021 14:34

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Entre gargalhadas esculachadas, tiradas vergonhosas e a zueira completamente descontrolada fica a sua saúde dos barbudos toda comprometida por conta do preconceito. Para combater isso, o novembro azul não veio para acabar com a zueira, mas garantir que os homens mostrem sua coragem de fato e façam o exame de próstata e check-up regulares. Além disso, cuide de sua higiene pessoal e da sua saúde mental. É melhor viver do que ter preconceito.

É dramática a quantidade de companheiros que perdemos por conta do preconceito de realizar o exame de próstata. O câncer de próstata mata, mas poderia ser curado se diagnosticado precocemente. Todos podem ajudar, é simples. Sabe aquela zueira que você faz com os companheiros mais velhos sobre a famosa dedada, é ela que faz os companheiros adiarem seus exames e com isso correr risco de vida. Porque ela reforça o preconceito e intimida, principalmente os companheiros que negam a medicina, como os negacionistas. 

Então parceiro, a zueira pode continuar, mas se você não tiver responsabilidade, ela pode matar seu colega de trabalho. Enfim, a zueira pode e deve continuar, mas garanta que o companheiro vai cuidar da sua saúde e fazer o exame.

O Novembro Azul não trata apenas do câncer de próstata

Segundo Cristiano Galvão, diretor de saúde do trabalhador do SINTECT-RJ, no Novembro Azul, os trabalhadores dos Correios além de lutar contra a privatização dos Correios, tem que garantir questões importantes como as condições de trabalho e as limitações impostas pelo plano de saúde. 

“Não adianta, a gente fazer uma grande campanha de prevenção ao câncer, mas o Postal Saúde não ter médicos disponíveis para realizar o atendimento. Ou mesmo quando o companheiro traz o atestado médico, ter dificuldades em ser abonado e, até mesmo, sofrer represálias do gestor da unidade,” protesta o diretor.

Outro ponto importante para Cristiano Galvão, são as condições de trabalho cada dia mais precarizadas por uma gestão incompetente que faz de tudo para privatizar a empresa. 

“O ambiente de trabalho nas unidades operacionais andam caóticas. Trabalhadores são entulhados junto com objetos postais, em unidades superlotadas com o fechamento das outras. Os banheiros ficam impraticáveis e a infestação de ratos e insetos de todo tipo são um cotidiano na empresa,” explica Galvão

Cristiano ainda alerta para a saúde mental dos companheiros que sofrem com a pressão desmedida para o cumprimento de metas, e nas jornadas ininterruptas sem o descanso adequado que levam a doenças funcionais graves. “Esse é o verdadeiro retrato da empresa para falar de saúde do homem no novembro azul” sentencia o dirigente.  

Por fim, o diretor de saúde do sindicato chama a todos os companheiros para conversarem com nossos camaradas sobre os necessários check-ups regulares, realização de atividades físicas e cuidar da saúde mental. “Muitos companheiros sofrem de depressão e outras doenças que comprometem seu bem estar e da sua família. Cuidar da saúde mental não quer dizer que você ficou doido, em meio ao caos em que vivemos nada mais justo que cuidar da mente. É sempre bom reafirmar que o alterocopismo e levantamento de garfos não são atividades físicas. Tem que cuidar da saúde como um todo,” explica Cristiano. 

Lutar contra o preconceito e a anticiência

Outro grande adversário da saúde do homem além do preconceito é a anticiência. São os companheiros que negam a efetividade das vacinas, dos métodos científicos para o cuidado e a prevenção. A anticiência como isso é chamada chega a limites de homens não cuidarem da própria higiene pessoal

A questão é grave, entre 2019 e 2020 mais de mil homens tiveram seus pênis amputados por simplesmente não terem uma  higienização adequada no local. Assim, durante o novembro azul a campanha “Lave o Dito Cujo”, promovida pelo Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), busca ainda remediar a situação. 

Neste Novembro Azul deixe de lado o preconceito e leve a dedada, alivie a mente, vá ao médico e, não menos importante, lave o dito cujo.

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