SINTECT/RJ participa de encontro da FINDECT sobre combate ao racismo
Notícia publicada dia 11/12/2018 14:43
Evento discutiu a resistência dos negros e negras na formação da sociedade brasileira
O SINTECT/RJ esteve presente no último sábado, 24/11, em São Paulo, de um importante encontro da FINDECT sobre a questão racial. Além dos trabalhadores e representantes sindicais dos Correios, participaram representantes da CTB, PCdoB, UNEGRO e UBM, as falas levaram diversidade e riqueza ao debate proposto pela secretaria da Questão Racial da FINDECT. Com o tema “As lutas de resistência dos negros e negras na formação do Brasil”, trabalhadores de todo país tiveram como foco o combate ao racismo.
O presidente do sindicato Ronaldo Martins, abriu o encontro destacando a importância da discussão sobre questões raciais e a luta contra o preconceito, discriminação no mercado de trabalho no Brasil e da importância da resistência dos negros e negras na atual conjuntura.
O atual governo golpista aprovou a PEC 241 (PEC 55, no Senado), que congela por 20 anos os investimentos em programas de saúde e educação, como o bolsa família e o ProUni, e a população negra é a mais afetada, por estar na base da pirâmide social”. Martins criticou a atual conjuntura de ataques do governo Temer a programas e políticas sociais conquistadas nos últimos anos, e os ataques que serão intensificados no próximo governo tendo em vista suas declarações e posições.
A nossa luta não é somente em novembro, a luta contra a discriminação e o preconceito é permanente, esse é o caminho que devemos buscar, pois, a construção da igualdade, é o caminho de uma sociedade mais justa e igualitária, num ambiente de trabalho digno e justo, com uma participação maior de negros e negras, destacou o Presidente do SINTECT/RJ, Ronaldo Martins.
Mulheres negras: Luta, Resistência e Empoderamento
A Secretária da pasta da questão racial do SINTECT/RJ, Karol Bandeira, lembrou da importância da luta das mulheres negras nos Correios e na sociedade. Destacando que o fortalecimento e a ampliação dessas agendas passam incondicionalmente pela inserção de mulheres negras, nas instâncias políticas de poder e decisão.
O Dia da Consciência Negra não deve ser uma data lembrada por ser um feriado, e sim por um dia de luta e resistência do povo negro contra o racismo e pelo empoderamento da mulher. A mulher negra – muitas delas da categoria ecetista – têm cada vez mais um papel preponderante na família em todo o país, sendo que muitas delas é ela a fonte principal e responsável pelas contas, mantendo economicamente sua família. Porém, essas são demandas de difícil compreensão, principalmente em um país efetivamente racista e machista como o Brasil.
Karol Bandeira destacou ainda a importância do movimento sindical na organização e luta dos negros e negras, a quem considera a vanguarda da luta contra o preconceito racial no movimento social e no país.
O SINTECT/RJ ressalta que o objetivo é seguir na construção de estratégias para o enfrentamento do racismo, da discriminação, do preconceito e outras desigualdades raciais e sociais que ainda atingem a categoria ecetista e os trabalhadores de modo geral. O Sindicato do Rio de Janeiro não só apoia a causa, como mantém como princípio a discussão através de encontros e debates com quem entende e tem propriedade sobre o tema.