Trabalhadores da Amazon organizam protesto mundial
Notícia publicada dia 02/12/2020 17:43
A empresa que mais lucrou na pandemia esfola seus empregados em todo o planeta, que se mobilizam e exigem aumento nos salários, fim dos ataques à organização sindical e e ações de proteção ao meio ambiente!
Trabalhadores da Amazon em vários países, Sindicatos e grupos de ativistas que defendem o meio ambiente organizaram protestos contra a empresa em diversas partes do planeta na semana da black Friday.
Foram marcadas atividades em 15 países: Mexico, Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Luxemburgo, Itália, Polônia, Índia, Bangladesh, Filipinas, Australia e Brasil. Em todos, a pauta de reivindicações está centrada em aumento de salários, melhores condições de trabalho e defesa da organização sindical, duramente reprimida pela empresa.
Jeff Bazos, dono da Amazon e primeiro humano a acumular 200 bilhões de dólares em riqueza pessoal, tentou calar a boca dos trabalhadores com um abono de 150 a 300 dólares esse ano. Várias lideranças deixaram claro que o valor é irrisório.
Christy Hoffman, Secretário Geral da UNI Global Union, afirmou que esse valor não muda nada. A Amazon dobrou seus lucros na pandemia graças à explosão do e-commerce, e também ao não pagamento de fornecedores e às condições desumanas de trabalho que impõe a seus funcionários, que gerou até um inquérito parlamentar na Inglaterra.
Mas o principal fator da riqueza da Amazon está nos salários miseráveis que paga aos empregados que arriscaram suas vidas como trabalhadores essenciais na pandemia e receberam apenas um bônus de 2 dólares por hora no mês de março, cortado em julho.
A semelhança com a situação dos trabalhadores dos Correios é óbvia. Além de não ter aumento, os ecetistas tiveram vários direitos roubados. Mas o mais importante é entender o que Amazon e outras multinacionais querem fazer no Brasil.
O projeto delas é tirar os Correios do caminho e dominar o setor postal para obter altíssimos lucros contratando empregados no esquema de aplicativo, pagando valores miseráveis por entrega, sem nenhum direito trabalhista, sem direito de organização sindical, tendo que ficar com a boca fechada sem reclamar.
É isso que você quer para os Correios e para os ecetistas? Entre na luta em defesa dos Correios junto com o Sindicato!
Fonte: FINDECT