SINTECT-RJ vai à Justiça contra suspensão das férias dos trabalhadores
Notícia publicada dia 14/08/2025 12:23
Sindicato exige que a direção dos Correios respeite a lei, o acordo e a dignidade de quem mantém a empresa de pé.

O SINTECT-RJ entrou na Justiça para impedir que a direção dos Correios leve adiante a decisão absurda de suspender as férias dos trabalhadores em todo o Estado do Rio de Janeiro. No dia 12 de maio de 2025, a empresa comunicou que as férias do período aquisitivo de 2025 só poderão ser tiradas a partir de janeiro de 2026. Ou seja: quem já tinha o descanso programado, viagens marcadas ou compromissos familiares planejados está sendo prejudicado de forma arbitrária.
Essa medida é ilegal e injusta. A lei, o acordo coletivo e até o próprio regulamento interno da ECT dizem que as férias devem ser marcadas em comum acordo entre o trabalhador e a chefia. O Tribunal Regional do Trabalho já decidiu, em 2017, que uma suspensão como essa é contra a lei. Mesmo assim, a direção da empresa repete o erro.
O mais revoltante é que, enquanto tira o direito de descanso dos ecetistas, a ECT mantém gastos milionários com patrocínios e altos salários da diretoria, sem cortar privilégios e sem apresentar medidas reais para economizar. Quem paga a conta da má gestão não pode ser o trabalhador que todos os dias garante que as cartas, encomendas e serviços cheguem ao destino.
O que o sindicato pediu na Justiça
O SINTECT-RJ entrou com ação pedindo que o juiz suspenda imediatamente essa medida e garanta as férias conforme já estavam programadas. Também pediu que a empresa seja proibida de cancelar férias já marcadas e que pague multa diária de R$ 10 mil se desrespeitar a decisão. No final do processo, o objetivo é que essa suspensão seja declarada ilegal e que a direção dos Correios seja responsabilizada.
Estamos atentos e não vamos permitir que a direção da empresa continue retirando direitos históricos da categoria. O descanso anual é fundamental para a saúde física e mental de todos nós, e o SINTECT-RJ seguirá lutando para garantir esse direito. Assim que houver decisão judicial, informaremos a categoria.