1° de Maio: Dia de conscientização e resistência contra os ataques aos trabalhadores
Notícia publicada dia 01/05/2018 11:53
Seis meses após a aprovação da Reforma Trabalhista, os trabalhadores de todo o país sentem o efeito do golpe. Logo após assumir o poder, Michel Temer tratou de encaminhar a proposta que transformaria para pior as relações e condições de trabalho. O golpista, defendendo os interesses dos empresários, promoveu o desmonte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que completaria hoje, 75 anos garantindo os direitos dos trabalhadores, minimizando abusos e a exploração da força de trabalho.
Nesse 1 de Maio, os trabalhadores de todo o Brasil precisam refletir e ter consciência de que, somente com união e mobilização conseguiremos mudar esse cenário e lutar por direitos, é que enfatiza o Presidente do SINTECT-RJ, Ronaldo Martins.
“Infelizmente, não temos o que comemorar nesse Dia do Trabalhador. Vivemos em um país governado pelos interesses do capital e do mercado privado. A reforma trabalhista foi um duro golpe que aniquilou conquistas históricas do povo brasileiro. A legislação que garantia o mínimo de segurança, salubridade e estabilidade ao trabalhador foi arrancada de nós”.
Entre as drásticas mudanças, a Reforma Trabalhista – que os golpistas chamam de modernização e flexibilização –, traz de volta problemas como: jornada de trabalho intermitente, redução do horário de almoço, autorização do parcelamento das férias, contratação de funcionários sem horário fixo, entre outros retrocessos.
“Agora o patrão pode demitir e contratar sem tem ter que pagar os direitos e benefícios. Estamos diante de um retrocesso nas relações de trabalho que terão como consequência a exploração do pobre e o massacre social da classe trabalhadora”, ressaltou Martins.
Os sindicatos também foram atacados pela reforma, que estabeleceu que os acordos individuais entre patrão e empregado passam a valer mais do que as convenções e os acordos coletivos da categoria, além da retirada da obrigatoriedade do imposto sindical, conforme explica Ronaldo.
“Esse ataque a organização, sustento e relevância do movimento sindical, é uma prática no neoliberalismo, do que há de mais atrasado na política. É uma tentativa de silenciar os trabalhadores. No dia de hoje, precisamos refletir seriamente sobre o que está acontecendo no país. Todo dia vivemos um ataque contra o pobre, contra o trabalhador, contra a soberania nacional”.
Para o sindicalista “É urgente a necessidade de conscientização e união para fortalecer a resistência do povo brasileiro, contra a tirania do capitalismo e seus defensores. Somente com mobilização, mostrando a força dos trabalhadores, nas ruas, nas greves e demais ações, conseguiremos barrar o avanço da exploração neoliberal. Precisamos de todos juntos na luta, enfrentando e combatendo a ganância do capital”, afirmou.
O sindicalista conclama a todos para a luta por direitos. “É a vida do trabalhador, a existência do nosso emprego e o respeito ao trabalho digno e o sustento de nossas famílias que estão em jogo. Não podemos recuar. Vamos mostrar que nós somos a força desse país. Contamos com todos! Juntos somos fortes”.