CDD Teresópolis: trabalhadores retornam às atividades mantendo Estado de Greve
Notícia publicada dia 14/09/2017 15:04
Falta de atendimento médico de emergência compromete a vida dos trabalhadores
Após 15 dias de muita luta, pressão e cobrança para que a empresa solucionasse a falta de atendimento médico de emergência na região, os ecetistas encerraram ontem (13/09), a paralisação da unidade. A decisão, deliberada em assembleia dos trabalhadores, foi tomada após a empresa garantir a disponibilização imediata de UTIs móveis para casos de emergência.
Os trabalhadores estão há mais de um mês sem atendimento nas principais clínicas de região, o Hospital São José e o Hospital das Clínicas de Teresópolis. Em muitos casos, o usuário precisa se deslocar de município para conseguir atendimento. O motivo do descredenciamento do plano de saúde, segundo os centros médicos, foi a falta de pagamento por parte da ECT.
Segundo o diretor do SINTECT-RJ, responsável pela Região Serrana, Leônidas Silva, três prazos foram acordados para que a empresa reestabelecesse o atendimento. Porém, não foram cumpridos, o que resultou na greve como forma de reivindicação da categoria.
“Não houve ainda o recredenciamento das clínicas. Porém, as negociações estão bem adiantadas e na próxima semana esperamos que seja resolvido. Tendo em vista o desgaste, a perspectiva de solução do problema e o contrato de uma empresa de UTIs Móveis que prestarão o suporte emergencial aos trabalhadores, a categoria decidiu retornar às atividades, mantendo o Estado de Greve, até que sejam credenciados os hospitais”, destacou Leônidas.
De acordo com o diretor sindical, Joás Castro, o problema é recorrente. “A ECT atualmente não está repassando o valor devido ao Postal Saúde, ocasionando assim, a falta de pagamento às diversas unidades credenciadas, que acabam suspendendo o atendimento. No final, quem sofre com isso são os trabalhadores e seus dependentes”, ressaltou.
Para Joás, é necessário que a empresa fique atenta a situações como essa. “Esperamos uma gestão melhor do nosso plano e gostaríamos de saber, o porquê a empresa só atua quando os trabalhadores sinalizam alguma mobilização? Por que não há uma medida preventiva para que não aconteça o descredenciamento?”, indagou.
Segundo o diretor, após as mobilizações e paralisações, a ECT e o Postal Saúde, rapidamente conseguiram um montante de aproximadamente R$ 566 mil para pagar as dívidas com um dos hospitais. “Essa é mais uma prova que só garantimos nossos direitos se enfrentarmos a empresa com união e mobilização”, salientou Joás.
Confira abaixo a repercussão do retorno as atividades na mídia: