Desafios dos trabalhadores em 2019 são enormes!
Notícia publicada dia 11/01/2019 19:56
Graves ameaças à democracia e aos direitos da classe trabalhadora são noticiadas diariamente e exigem consciência, unidade e luta!
O clima de perdas para os trabalhadores criado nas eleições começa a se concretizar com a posse do governo. Muitos dos que votaram esperando mudança, “contra tudo o que estava ai”, já estão percebendo que seus votos podem se voltar contra eles próprios e tornar a situação muito pior do que estava.
Alguns exemplos são: desmonte do Ministério do Trabalho, destruição da aposentadoria com a reforma da Previdência, fim de uma política de valorização do salário mínimo, aprofundamento da reforma trabalhista, fim da Justiça do Trabalho, criação de uma secretaria para privatizar tudo, adoção da carteira de trabalho verde-amarela para contratação sem os direitos trabalhistas, fim da demarcação de terras indígenas e das secretarias de questões raciais e das mulheres, entre outros.
Para complicar, há a onda conservadora que tomou conta do país. Parte dela está no discurso antitrabalhador e antiluta e nas iniciativas de criminalização das lutas e organizações sociais. Elas serão ampliadas a partir do Ministério da Justiça, que assumirá as questões relacionadas aos Sindicatos e aos conflitos trabalhistas.
Tudo isso será colocado em prática e concretizado, se não houver resistência, o que obriga os trabalhadores a se unir e passar 2019 lutando para evitar que direitos históricos sejam retirados.
O enfraquecimento dos Sindicatos, que sofreram perda de receita com o fim do Imposto Sindical trazido pela reforma trabalhista, é um grande complicador. Muitos já fecharam as portas, e a maioria massacrante está tendo que se reinventar para manter o atendimento à categoria e as lutas com menos da metade da arrecadação.
Os trabalhadores precisarão mais que nunca de sindicatos fortes e atuantes
O SINTECT-RJ é um exemplo de boa aplicação das verbas do Imposto Sindical. O investimento na organização dos trabalhadores, com atendimento pelos Diretores em todo o estado e Campanhas Salariais fortes mostram isso, bem como a estruturação de um Jurídico atuante, com ganhos substanciais para os filiados, como nos casos do PCCS e do diferencial de mercado.
O Imposto Sindical sempre foi importante para manter os Sindicatos. Os empresários e seus governos sabem disso, por isso o atacaram com a reforma trabalhista. A mudança exige que trabalhadores e trabalhadoras tenham consciência da necessidade de contribuir para garantir a existência do seu Sindicato com condições de investir na organização da luta, evitar perdas e trazer conquistas.
A participação consciente da categoria, na luta e no Sindicato, inclusive com filiação maciça, é necessária para gerar recursos e manter suas lutas e a resistência aos ataques aos direitos. É isso que precisaremos fazer, pois a luta nunca é fácil, mas em 2019 será ainda mais complicada.