Direções da ECT e do Postalis querem mudança no plano prejudicial ao trabalhador

Notícia publicada dia 06/11/2020 14:56

Grupo de trabalho debate proposta trazida pela direção da ECT e do Postalis sobre mudança e migração para novo plano, que consistem em criar um plano similar a uma poupança, uma capitalização, ou aumentar ainda mais o pagamento mensal dos associados ao PBD.

Desde já a FINDECT e os Sindicatos filiados insistem na responsabilização dos que geriram mal ou desviaram recursos do Postalis e na recuperação do dinheiro perdido e desviado e reafirmam que não aceitarão a imposição de maiores prejuízos aos trabalhadores.

No dia 4 de novembro, representantes dos trabalhadores, seus Sindicatos e associações representativas se reuniram para debater os rumos do novo plano proposto pela direção do Postalis e da ECT, e seus efeitos.

Participaram da reunião além da FINDECT (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios), o novo Diretor de Gestão Previdencial do Postalis, Carlos Alberto Zachert e as associações ADCAP (Associação dos Profissionais dos Correios); ANIPP (Associação Nacional Independente de Participantes do Postalis); FAACO (Federação dos Aposentados, Aposentáveis e Pensionistas dos Correios e Telégrafos) e FENTECT.

Proteger e melhorar, não piorar

A principal meta dos representantes dos beneficiários, trabalhadores da ativa e aposentados em Correios é a proteção da aposentadoria conforme planejado e contratado durante os trabalhos no Plano de Benefício Definido.

Para tanto, a representação da FINDECT e dos sindicatos filiados continuarão insistindo que o governo, os Correios e as empresas privadas são responsáveis pela ausência de ativos no plano de previdência e também pelo não pagamento das dívidas em anos anteriores para o fundo de pensão.

Recuperação de ativos financeiros

Vão exigir, também, a discussão imediata das ações para a recuperação dos créditos do Postalis perdidos por aplicações erradas e fraudulentas ou por desvios de toda espécie que resultaram das ações dos dirigentes e de bancos aos quais foram confiados os recursos dos trabalhadores depositados no fundo, para investimentos e não contrário.

Independente dos resultados dessas ações no curto prazo, o importante é que elas sejam planejadas, acompanhadas e executadas já com as entidades representativas dos beneficiados, com vistas na recuperação de ativos.

Responsabilização dos que afundaram o Postalis

A cooperação com órgãos externos de fiscalização já criou amplo material para essa discussão, que está longe de acabar e não poderá se limitar a somente duas vias como querem as direções da ECT e do Postalis.

Essas duas vias são a criação de um terceiro plano de Contribuição Definida Puro ou aumento do equacionamento dos associados ao PBD, que nada mais é do que pagar ainda mais por mês, o que é impossível com os já baixos salários recebidos pela categoria, piorados com os ataques que a direção militar da ECT e o governo estão fazendo aos direitos e benefícios.

O caminho correto está na responsabilização de quem utilizou mal os recursos do POSTALIS e na recuperação do dinheiro perdido e desviado. Desconsiderar esse ponto como o de partida seria aceitar a imposição de maiores prejuízos aos trabalhadores.

Isso não será aceito da parte dos representantes da FINDECT e dos Sindicatos filiados.