Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro

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Ecetistas dizem não à cobrança de mensalidades do Postal Saúde! Essa conta não é nossa!

Notícia publicada dia 12/01/2017 19:37

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O ano mal começou e a categoria terá que mostrar a sua mobilização para barrar a cobrança de mensalidades do plano de saúde. Além da proposta violar o Acordo Coletivo de Trabalho 2016/2017 (ACT), a medida é um claro desrespeito aos ecetistas, que mais uma vez são penalizados pelos erros da péssima gestão da ECT e no Postal Saúde. O corpo de diretores do SINTECT-RJ debateu em reunião realizada na última segunda-feira, (09), todas as possibilidades possíveis que o sindicato pode tomar contra a cobrança.

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De acordo com o secretário-geral do SINTECT-RJ, Ronaldo Martins, a cobrança de mensalidades do plano de saúde é um desrespeito:

“A proposta da ECT afeta diretamente os ecetistas, que possuem o salário mais baixo entre todas as estatais brasileiras. Não podemos pagar a conta da má gestão do Postal Saúde”, afirmou o diretor.

Segundo a ECT, no ano de 2017, o plano de saúde vai consumir 2 bilhões de reais no total, ao pagar todos os procedimentos médicos que estão previstos. No atual modelo, onde a empresa cobre 93% desses gastos e os trabalhadores o total de 7%. A contribuição dos funcionários chegaria a R$ 140 milhões de reais no ano, somando todos os valores que seriam pagos ao usar o plano de saúde. O restante seria pago pelo Correios nas despesas administrativas além de pagar as clínicas médicas e hospitais, num valor de R$1.86 bilhões.

A ECT propõe que os custos do plano de saúde sejam dividido meio a meio, ou seja, os Correios arcariam com 1 bilhão e os trabalhadores com a outra metade do bilhão, sendo paga através da cobrança de mensalidades. A medida também impõe uma cobrança a mais aos dependentes – por pessoa no plano de saúde, valores entre R$ 61,79 e R$ 875,64. Além disso, para cada consulta seria cobrado 30% do valor e 10% por demais procedimentos como exames e tratamentos.

Diretor do departamento jurídico do SINTECT-RJ, Marcos Sant’aguida esclarece que, com a proposta da ECT, os custos do contribuinte ecetista crescerão gradativamente anualmente:

“Analisamos a proposta e percebemos que a empresa deseja que seja pago este ano 10% dos custos de mensalidade desse grupo e mais 10% a cada ano, até que os pais e mães paguem 100% da mensalidade. Em 2026, os pais e mães pagariam até R$ 1.085,87 por mês somente de mensalidade, e cada vez que usasse o plano de saúde pagariam 30% ou 10%, é um cálculo crescente. Um prejuízo”, afirmou.

Os trabalhadores terão o prazo de 1º de fevereiro até o último dia de março para, reunidos em congressos e assembleias, discutirem se concordam ou não com as soluções que serão apresentadas pelas federações.
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