ECT suspende reuniões setoriais em represália a paralisações
Notícia publicada dia 09/05/2018 15:29
Empresa descumpre a legislação e tenta silenciar a categoria
Em mais uma ação arbitrária, a direção dos Correios anunciou no dia 02/05, por meio de nota oficial, a suspensão das reuniões setoriais no Rio de Janeiro. O motivo, segundo o documento, é a paralisação do Complexo do Columbandê, que luta por condições dignas de trabalho. O documento – que mais parece um bilhete amador de ameaça-, afirma que as reuniões só serão liberadas com o término da greve. O SINTECT-RJ avalia a atitude da empresa como arbitrária e covarde, visto que, a greve é um direito assegurado pelo art. 9º da Constituição Federal.
A retaliação e repressão contra as manifestações da categoria por melhores condições de trabalho é inaceitável e ilegal. Entendemos que as reuniões são fundamentais para acompanhar o dia a dia dos trabalhadores que sofrem com o descaso da ECT. Essa proibição é uma ação covarde de uma gestão que tenta, a todo custo, esconder as maldades que faz com o trabalhador e ocultar os problemas que o sindicato denuncia todos os dias para justiça e para todo o povo.
Ir nas unidades, ouvir os trabalhadores, fiscalizar as condições estruturais de trabalho, são atividades primordiais para o sindicato conseguir manter a luta por direitos e pelo emprego digno. São nas visitas, que a categoria dialoga e a diretoria do sindicato identifica todas as demandas. A proibição das reuniões é uma tentativa de silenciar os trabalhadores. É o que explica o Presidente do SINTECT-RJ, Ronaldo Martins.
“Estamos vivendo situações caóticas nas unidades, que estão com sérios problemas estruturais e organizacionais. O incêndio que ocorreu em Jacarepaguá, infelizmente pode acontecer em outras unidades. E isso, nós estamos denunciando constantemente. A direção da ECT, que não tem o menor compromisso com a vida do trabalhador, não quer que seja dcorreiosenunciado, porque terão que se explicar na justiça. Esse é o verdadeiro motivo da suspensão das reuniões. Querem calar a voz dos trabalhadores”, afirmou.
A decisão de suspender as reuniões partiu do Superintendente Regional, Cleber Isaías Machado. O gestor – que além de não apresentar soluções para os problemas das unidades e dos trabalhadores-, tem uma postura omissa diante as situações que comprometem a qualidade das atividades laborais e dos serviços prestados.
“Pedimos ao senhor Cleber, que invés de suspender as reuniões, apresente um plano emergencial para solucionar os problemas dos ambientes insalubres de trabalho, com ocorre no Complexo de Columbandê. No local, não tem equipe de limpeza, higiene, luz e ventilação adequada, entre outras mazelas. O papel de um gestor é resolver questões que comprometem os serviços, não perseguir trabalhador e o movimento sindical”, disse Ronaldo.
O Departamento Jurídico do SINTECT-RJ encaminhou a situação para as instâncias legais, exigindo que o direito de greve e o direito de realização das reuniões – previsto no Acordo Coletivo de Trabalho –, sejam respeitados. Não aceitaremos repressão nem tentativas covardes de silenciamento. Continuaremos na luta por direitos e denunciando as barbaridades que a gestão da ECT têm feito com os trabalhadores. Não temos medo de patrão! Vai ter luta, vai ter resistência!