Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro

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Banco BNY MELLON: FINDECT nos EUA em busca de reparação e justiça aos trabalhadores dos Correios

Notícia publicada dia 26/08/2023 11:59

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Representantes da FINDECT e entidades sindicais e associativas unem forças na Philadelphia para denunciar o banco BNY Mellon e buscar reparação ao fundo de pensão dos trabalhadores dos Correios.

Os representantes da FINDECT, liderados por José Aparecido Rufino, Diretor Jurídico e responsável pelos assuntos do POSTALIS nos EUA; Elias Diviza, Vice-Presidente; Marcos Santaguida, Diretor e Presidente do SINTECT-RJ; Ronaldo Leite, Diretor de Relações Internacionais da FINDECT; Dr. Marcos Vinicius Gimenes, advogado da FINDECT, participaram ontem (26/08), de uma importante reunião na Philadelphia (EUA). O encontro reuniu entidades sindicais, associações da categoria ecetista, representantes do Postalis, dos Correios e do Governo Federal. O propósito da mobilização é denunciar os danos causados aos trabalhadores e buscar reparação aos participantes do Postalis. A reunião, coordenada pela UNI POSTAL & Logística e com apoio de sindicatos norte-americanos e congressistas, é uma resposta à conduta do Banco BNY Mellon, que gerou uma dívida de 6 bilhões de reais no fundo de pensão dos Correios.

Elias Diviza, vice-presidente da FINDECT, leu a carta-denúncia durante a reunião na Filadélfia, leia a carta na Íntegra:

“Os Estados Unidos possuem um sistema de fundos de pensão bastante desenvolvido e diversificado e, sobretudo, confiável, conhecido como sistema de Previdência Complementar ou Fundos de Pensão, onde os empregadores e empregados contribuem para fundos de investimento que, por sua vez, investem em uma variedade de ativos, como ações, títulos e outros instrumentos financeiros. Esses fundos são projetados para fornecer renda aos participantes após a aposentadoria.

O modelo de fundos de pensão adotado nos EUA foi exportado e serviu de modelo para os fundos de diversos países, dentre os quais o Brasil. O Brasil confiou no modelo e, além de incorpora-lo, com algumas diferenças, se socorreu de instituições financeiras dos EUA para a sua gestão. E aqui está a raiz do problema. ‘Os EUA nos transmitiram confiança tanto no modelo quanto na forma de gestão.

O caso do POSTALIS, infelizmente, se configura como um abalo de confiança tanto no modelo como um todo quanto nas relações dos fundos brasileiros com instituições financeiras dos EUA’, disse Marcos Vinicius Gimenes, advogado da FINDECT.

Em última análise, infelizmente, abala a própria confiança dos trabalhadores brasileiros com o Estado Norte Americano. Com todo respeito a admiração, esperamos que o Governo dos EUA apure a conduta do BNY, pois os trabalhadores brasileiros dependem disso para continuarem alimentando a crença de que o modelo é confiável, sabedores de que nenhum desvio será permitido ou sairá ileso de responsabilidades e/ou sanção por parte do Estado.

A confiança é um elemento fundamental nesse contexto, pois os participantes e beneficiários desses fundos depositam sua confiança na gestão adequada dos recursos e na capacidade do fundo em cumprir suas obrigações de pagamento de benefícios.

A perda de confiança em um fundo de pensão pode ter implicações sérias para os participantes e para o sistema financeiro como um todo. Escândalos, má gestão, falhas na prestação de informações precisas e outros problemas podem levar a perdas financeiras e danos à reputação, afetando negativamente a confiança dos participantes e até mesmo gerando consequências legais.

‘Destarte, a confiança é um componente vital dos fundos de pensão. Para que esses fundos cumpram sua função de fornecer segurança financeira na aposentadoria, é crucial que a confiança dos participantes seja mantida por meio de gestão responsável, transparência e cumprimento das obrigações’, afirmou Hudson Marcelo da Silva, advogado da FINDECT.

Portanto o BNY Mellon, como administrador e gestor dos fundos de investimentos das aposentadorias dos trabalhadores dos Correios, tem uma dívida jurídica e moral com a sociedade, pois planos de previdência complementar possuem cordão umbilical com o sistemas financeiros dos países, principalmente americano.

E qualquer instabilidade ou falta de zelo impacta diretamente não só na vida dos trabalhadores como na economia do país.

Na economia do país??? Sim! Reflete na qualidade de vida, no aquecimento do comércio, na alimentação, na saúde, na habitação…. é indiscutível que a economia gira em torno dos proventos, receitas e salários da sociedade.”

A FINDECT segue nos Estados Unidos em busca de reparação e está preparando um ato em frente à sede do Banco em Nova York, juntamente com a FENTECT, associações representativas dos Correios, sindicatos americanos e com o reforço da UNI POSTAL & LOGÍSTICA, todos engajados nessa luta. Acompanhe nossos informes e fique por dentro de todos os detalhes dessa mobilização unificada internacional por justiça e reparação aos trabalhadores dos Correios.

Fonte: Findect

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