Trabalhadores dos Correios e demais estatais se unem para fortalecer a mobilização nacional contra as privatizações
Notícia publicada dia 28/08/2019 01:37
Os Sindicatos dos trabalhadores dos Correios do estado do Rio de Janeiro e entidades sindicais representativas das demais estatais listadas pelo governo Bolsonaro no programa de privatizações, unem-se a partir desta terça-feira, 27/08, para denunciar o desmonte das empresas públicas e anunciar uma grande e unitária mobilização contra o projeto de privatização das estatais.
O objetivo é esclarecer sobre os prejuízos que as privatizações trarão a todos os trabalhadores, à população e a toda sociedade caso sejam aprovadas da forma como que está proposto pelo governo.
A privatização dos Correios só interessa ao governo e aos empresários que ele representa, deixando o povo desguarnecido da prestação do serviço social prestado pela empresa pública de Correios. O interesse principal dessas medidas retrógradas e já rechaçada pela população nos últimos anos é beneficiar empresas privadas que querem dominar as entregas e ampliar seus lucros. Para a população isso vai trazer aumento de preços e restrição dos serviços, com abandono das entregas em cidades pequenas e periferias das grandes cidades.
O serviço postal é um direito do povo e está previsto na Constituição Federal. E precisa ser estatal. Só assim pode garantir atendimento a todos. Para fazer isso, usa parte do lucro obtido nos 324 maiores municípios para subsidiar as demais 5246 cidades do Brasil. Sabendo que nenhuma empresa privada garantirá serviço em locais pequenos, distantes e que não dão lucro.
Os Correios é uma empresa histórica, a mais antiga do Brasil, conta com mais de 100 mil trabalhadores – sendo a que mais emprega dentre todas as estatais – integrando todos os municípios brasileiros garantindo a soberania nacional. A venda da empresa estatal de Correios prejudicará toda a população e a economia do Brasil. O Governo faz uma propaganda política que visa a agradar as empresas nacionais e multinacionais que ele representa. A sua privatização será trágica para a população e para o país, trará prejuízo e retrocesso no direito à comunicação e na estrutura da economia.
Com uma variedade de serviços de cunho social de grande relevância, os Correios atende o povo com qualidade e gera riqueza ao país, o que faz muito bem, ao ponto de se manter como a empresa de maior confiabilidade dos brasileiros, mesmo com o governo piorando os serviços para justificar uma privatização. Porém, nos últimos dois anos, a empresa apresentou lucro e repassou à União de 2011 a 2016, mais de 6 bilhões de reais, segundo relatório da CGU.
As privatizações pioram o desemprego, o que é terrível num país com mais de 13 milhões de desempregados. Ao tomar o controle da empresa pública, empresários demitem funcionários para reduzir os já baixos salários e direitos. Mais de 80% dos Correios no Mundo são Estatais. A maioria dos países que privatizaram os Correios teve problemas e voltaram atrás, pois a população foi prejudicada pela restrição na prestação dos serviços postais.
O Sindicato dos trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro ressalta que a manutenção do serviço postal estatal é imprescindível para o crescimento da economia e integração do povo, garantindo o direito à comunicação em todas as regiões do país.
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