Presidente interino dos Correios assume possibilidade de fechamento de agências
Notícia publicada dia 08/05/2018 13:04
Sindicato repudia a ameaça e convoca categoria para lutar contra a tirania da ECT
Em entrevista concedida à Rádio Gaúcha, na última segunda-feira (7), Carlos Fortner, atual presidente da ECT afirmou – ao vivo-, que existe um estudo em andamento na empresa, que aponta um redesenho da rede de atendimento. O projeto inclui a elaboração de uma lista de agências para fechamento e um plano de demissão, que o gestor chamou de “liberação do excedente de mão de obra”. O SINTECT-RJ repudia as declarações e ameaças da direção dos Correios e convoca os trabalhadores de todo o país para a luta pela garantia do emprego e de uma ECT pública e de qualidade.
As ameaças de fechamento e demissão são antigas, Guilherme Campos – que se afastou do cargo de Presidente da ECT para concorrer a deputado nas eleições de 2018-, já havia tornado público o projeto de fechamento. O então presidente, Carlos Fortner, segue o mesmo caminho, cumprindo a agenda política neoliberal do governo golpista de Michel Temer, conforme explica o Presidente do SINTECT-RJ, Ronaldo Martins.
“As demissões, fechamento de agências, entre outras ações dos indicados políticos de Temer, tem como objetivo o sucateamento do patrimônio público, para encaminhar a empresa para a privatização. A empresa passa por sérios problemas estruturais e a gestão não investe em melhorias, apenas em cortes, ameaças e retirada de direitos. O comércio eletrônico só cresce e os Correios precisam de investimento para acompanhar essa realidade. Fechar agências e demitir trabalhadores, não é investimento, é golpe, é atentado contra a classe trabalhadora e o patrimônio do povo”, disse Martins.
De acordo com o sindicalista o discurso da empresa está disfarçando o verdadeiro propósito da direção dos Correios. “Quando o presidente da empresa fala em redesenho da rede de atendimento, estudo e liberação do excedente de mão de obra, está mascarando o que na verdade é arrochar, demitir e sucatear. Com isso, joga a imagem e o valor da empresa no lixo, deixando o patrimônio público à mercê do capital privado, como os neoliberais fizeram com a Light, por exemplo, que foi privatizada”, detalhou.
Vai ter luta e resistência!
Os trabalhadores dos Correios não aceitam mais esse golpe. Diversas ações já estão previstas para fortalecer o movimento contra a tirania da direção da ECT e na luta por uma empresa pública e de qualidade. O SINTECT-RJ convoca toda a categoria para somar nas mobilizações e ações. Fique por dentro das atividades e notícias através das nossas redes sociais. Os trabalhadores do Rio de Janeiro podem também, entrar em contato direto com o SINTECT-RJ, por meio do WhatsApp do sindicato. Basta adicionar o número (21) 96888-6172 aos contatos e enviar uma mensagem com nome e unidade. Juntos somos fortes e vamos mudar essa situação!
Ouça abaixo, a entrevista de Fortner ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha: